sexta-feira, 20 de agosto de 2010

É assim que o Governo governa

Que Sócrates não faça a mínima ideia do trabalho que dá e do tempo que demora lançar um ano lectivo, não é de admirar. Ele só sabe o que se passa no seu apartamento da Rua Braamcamp, comprado ao preço da chuva, no seu gabinete, nos restaurantes de luxo, nos hotéis de cinco estrelas, nas férias paradisíacas, etc., etc. Agora, que a Ministra da Educação não se queira lembrar daquilo que já viveu, é gravíssimo. Caramba! Ela foi professora!

Como o poder vira a cabeça das pessoas. Quando uma pessoa lá chega, ou alinha em tudo ou perde a reforma dourada que a espera. O poder, definitivamente corrompe.

O ano lectivo tem que ser lançado em Julho. Há que saber o número de turmas e os professores necessários, quer para a colocação dos professores quer a elaboração dos horários. Há muito trabalho de muita gente até que uma escola esteja pronta para iniciar um ano lectivo. E, a duas semanas do início do ano, vem a ministra, com aquele ar delicodoce avisar que mais de 700 escolas vão fechar este ano. E mandam todo o trabalho feito foi para o lixo sem o mínimo de consideração por quem o realizou.

Apetece dizer “para o raio que os parta a todos”.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pela imprensa

"Humanos esgotarão a 21 de Agosto recursos naturais do planeta para 2010

Os habitantes da Terra esgotarão a 21 de Agosto os recursos naturais que o planeta lhes proporciona anualmente, pelo que a partir daquela data passaremos a consumir e a viver dos créditos respeitantes ao próximo ano.


O alerta foi deixado hoje, segunda-feira, pela organização não-governamental Global Footprint Network (GFN), que anualmente calcula o dia em que o consumo da humanidade esgota os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer cada ano.

O limite em 2010 ou "Dia do Excesso" ("Earth Overshoot Day", em inglês) será atingido no sábado 21 de Agosto, refere a organização que trabalha para promover a sustentabilidade através do uso do conceito de Pegada Ecológica, uma ferramenta de contabilidade dos recursos naturais. ..." (Jornal de Notícias)

O Homem tudo tem feito para destruir a Terra. Era bom que todos pensássemos nisto.

domingo, 15 de agosto de 2010

Mais uma vez a justiça

Passos Coelho disse, e bem, que o governo interfere politica na justiça e nos seus agentes. Alberto Martins não sabe onde teria havido essa interferência.

O Sr. Dr. Alberto Martins deve estar com os óculos muito mal graduados. Não enxerga o que qualquer português vê.

Mas eu digo-lhe, Sr. Ministro. Tem interferido sempre que o Primeiro-ministro aparece envolvido em qualquer assunto menos claro. E isso tem acontecido amiudadas vezes. A justiça para o PM é a “dos mortos não falam”. A Independente morreu. As escutas morreram. E… por aí fora.

Precisa-se de um oftalmologista para Alberto Martins.


Crise para esquecer a crise

O PS ainda não entendeu que vivemos em democracia e, nessas condições, o PSD e qualquer outro partido têm poder para votar a favor ou contra o orçamento de estado. Sempre assim foi e nunca o facto de se falar num voto contra o OE abriu uma crise política. Bolas! O Passos Coelho tem um poder do caneco!

Se Sócrates e Passos Coelho trocassem de lugar, Sócrates faria exactamente o mesmo que Passos Coelho.

Presumo que esta pseudo crise é para esquecermos a que vamos pagar (e de que maneira!) quando acabarem as férias estivais.

Haja paciência!

sábado, 14 de agosto de 2010

O ego do PM

Quando as coisas não lhe correm de feição, é vê-lo, qual Calimero, a queixar-se das campanhas negras.

Quando correm mal aos outros, neste caso ao país com os incêndios, é vê-lo feliz a dizer que estamos no paraíso. Que quase não ardeu nada, que estamos super preparados para qualquer incêndio. Que tudo vai de vento em popa.

Vá lá a gente entender este ego!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pela imprensa

"Uma semana depois do chumbo da segunda avaliação do impacto ambiental do Freeport, a 6 de Dezembro de 2001, tudo estava decidido: o gabinete de arquitectos Promontório, que trabalhava há ano e meio no projecto, era dispensado e o trabalho era entregue ao atelier do arquitecto Capinha Lopes, que nessa altura participava, graciosamente, na montagem das campanhas eleitorais socialistas em Alcochete e noutros concelhos da margem sul.

Como foi tomada essa decisão, que deixou estupefactos os altos quadros da Freeport e o gabinete de arquitectos inglês Benoy - principal parceiro da empresa nessa área -, é qualquer coisa que os investigadores não conseguiram apurar, tanto mais que a investigação foi encerrada por decisão hierárquica antes de ser concluída."


(Público, 5 de Agosto de 2010)

Palavras para quê? São 'artistas' portugueses.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

PGR versus SMMP e vive-versa

Pinto Monteiro acusa Sindicato dos Magistrados do Ministério Público de actuar "como pequeno partido político". O problema é que esse partido não é o do Pinto Monteiro. Se fosse não havia qualquer problema.

Primeiro manda destruir as provas e agora, que o “morto não fala”, Pinto Monteiro canta de galo.

O Procurador-geral da República não devia ser escolhido pelo Governo. Tal como está, não falem na independência da Justiça nem na separação dos poderes.


domingo, 1 de agosto de 2010

O absurdo

Antes das últimas eleições legislativas, eu escrevi aqui o seguinte:
‘Se o PS ganhar as eleições, o sucesso escolar passará para os 100%. E Sócrates vai encher a boca com essa estatística que nos coloca na pool position da Europa.’

Ora aí está o que disse. A ideia peregrina do Governo, que felizmente não tem a maioria absoluta, vem completar as loucuras que há uma série de anos têm conduzido a educação ao estado comatoso.

“A ministra da Educação quer alterar as actuais regras de avaliação. Para Isabel Alçada, os chumbos quase nunca são benéficos e devem, por isso, ser substituídos por medidas alternativas.
A intenção da ministra foi revelada em entrevista ao Expresso, com Alçada a defender que raramente as reprovações contribuem para melhorar a qualidade do ensino. Em alternativa, a ministra propõe o estudo acompanhado e o reforço das aulas de apoio, bem como o desenvolvimento de projectos especiais, envolvendo mais professores, de forma a permitir dar mais atenção aos alunos com maiores dificuldades de aprendizagem.”

A Ministra vai, na secretaria, colocar o sucesso escolar nos 100%. Nada mais fácil. Acabam-se as reprovações e incentiva-se a preguiça. Claro que as reprovações não contribuem para melhorar a qualidade do ensino, como a Ministra disse. Como a proibição de reprovações também não contribui para melhorar a qualidade do ensino. Toda a gente o sabe. Mas o aluno que não estuda, que não se aplica, que não participa positivamente, que falta, que não realiza as actividades propostas pelos professores, que não quer aprender nem deixa que os outros aprendam, têm que receber a justa paga do seu não trabalho – a reprovação. Isto parece a lógico para qualquer pessoa com dois dedos de testa. Mas não é lógico para o Ministério. Para o Governo.

A cultura da mediocridade continua. O número de analfabetos aproxima-se rapidamente dos valores de antes do 25 de Abril. A diferença é que nessa altura os analfabetos eram apenas analfabetos e agora os analfabetos são qualificados. Vai viver-se a mesma situação mas em clima de “faz de conta”. Os goversos socialistas t~em sido de “faz de conta”. Mais. As classes mais desfavorecidas são novamente as mais prejudicadas. Os analfabetos qualificados vão ser, na sua maioria, dessas classes. Mas esse povo aceita, com a maior das felicidades, estes presentes envenenados. Não conseguem entender que estão a ser ludibriados. Que o seu futuro está cada vez mais comprometido.

Mas para o disparate ser completo a Ministra propõe que os professores dêem aulas de apoio e estudo acompanhado a estes preguiçosos. Será que a Ministra não sabe que todos os professores têm no seu horário aulas de apoio aos seus alunos, aulas essas a que os alunos necessitados não comparecem?

E, com essas aulas para fingir que se recupera quem se está nas tintas para a recuperação tanto mais que sabe que nunca pode ser reprovado, os professores ficam sem tempo para as aulas de substituição. Os professores ainda não têm o dom da ubiquidade nem que o Ministério lhes dê ordens para tal.

O alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, ainda vem agravar esta situação. Vamos ter toda a maralha com o 12º ano mesmo que nunca tenham merecido sair da iniciação.