sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011 está aí

Desejo a todos saúde e alegria, já que não dependem do Sócrates e seus apaniguados.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O nojo deste governo

Quando eu penso que o nojo da política bateu no fundo, há sempre algo que me mostra que ainda há mais buraco no fundo.

“A Segurança Social promoveu todas as chefias para compensar os cortes salariais no próximo ano. O aumento tem efeitos retroactivos ao início de 2010. As nomeações foram hoje publicadas em Diário da República e são assinadas pelo ministro das Finanças.”

Ouvi. Não acreditei. Fui ler. Lá estava. Preto no branco. Na véspera de entrar em vigor a maior parte das medidas que nos vão lixar a vida, o ministro das Finanças, assinou esta vergonha.

Como é que Sócrates tem moral para nos falar em patriotismo? Para as urtigas o patriotismo! Eles também se estão nas tintas para o patriotismo. E para nós. Olham para eles e para os amigos deles e são capazes de tudo. E quando digo tudo, é tudo mesmo. Já me roubaram na reforma, este mês, mas aumentam esta corja para que nem notem a crise que os outros hão-de pagar. E depois os socialistas, e o seu candidato alegre, enchem a boca com o estado social. Para o raio que os parta a todos. É nas mãos destes vigaristas, destes gatunos, destes hipócritas, desta gente obscena que está entregue o governo do meu país.

Acabo o ano indignada com mais esta canalhice deste governo. Só lamento não ter poder para lhes proporcionar o ano novo que merecem.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Esforço patriótico

"A Assembleia Legislativa dos Açores, reunida esta manhã em sessão extraordinária, confirmou, com larga maioria (PS, BE, PPM, CDS-PP e PCP), o decreto no Orçamento da região para 2011 que institui a compensação remuneratória aos funcionários açorianos com vencimentos entre 1500 e 2000 euros." (Público)

Afinal o esforço patriótico a que Sócrates apelou, não é para todos. No feudo socialista ele não chega. Pior. Não chega com o acordo de quase todos os partidos.
São assim os políticos... e ainda querem ser respeitados.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Que tristeza, Alegre!

Senhor Alegre

As pessoas da minha faixa etária, que viveram a guerra colonial, podem apreciá-lo como poeta; seguramente não o apreciam como cidadão desertor.

A sua atitude de tentar ligar Cavaco Silva (de que também não gosto) ao antigo regime, foi baixa. Por que não fala também nas posições que tomou contra Portugal (a sua pátria com a qual, agora, enche a boca) na Voz da Argélia?

Não atire pedras aos telhado dos outros porque o seu é de vidro.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Metro a preço de ouro

O termo “urgência imperiosa” é a chave para dar o nosso dinheiro aos amigos socialistas. Desta feita, é a via de acesso ao Hospital de Braga. Com a “urgência imperiosa” evita-se o concurso público e adjudica-se directamente a obra, nesta caso à Obrecol.
Cada metro desta estrada vai-nos ficar por 8.240,00 €.
O revestimento desta estrada será em mármore de carrara?

Os “chefes” da Obrecol são:
Presidente do Conselho de Administração: Eng.º Gabriel Encarnação Santos
Administrador Delegado: Eng.º Jorge Serrano
Administrador de Produção - Norte: Eng.º Pinho Gonçalves
Administrador Área Jurídica: Dr. Oliveira e Silva
Administrador Área Financeira: Dr. José Manuel Marques
Por mera curiosidade pergunto-me – estes cavalheiros serão afectos a que partido político?

 Desde 2004 que a Estradas de Portugal estudava esta obra mas, agora, deu-lhes a pressa e invocam a “urgência imperiosa” para entregar a obra à Obrecol pelo preço que esta entender. Claro que nada é ilegal. A norma aprovada em 2008 legalizou, dessa forma, os ajustes directos sem limite máximo para o valor da adjudicação.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fim à vista

O PS está a preparar-se para perder o poder. Começaram a colocar amigos e comprar votos.

 
O Governo cria mais uma empresa pública. A Agência para o Investimento Público a Parcerias. O que vão fazer os três administradores, o fiscal, o conselho consultivo e os n trabalhadores, é o que devia ser feito pelas centenas de portadores de cartão socialista que o Governo chamou para consigo trabalharem. Uma vergonha.

 
Carlos César resolveu dar com uma mão o que o Governo vai tirar com outra. Em vez de dar electrodomésticos, dá dinheiro. Compra votos mesmo com dinheiro. Mas Carlos César diz que esta medida não custa um euro aos contribuintes. E as transferências que vão do continente para o arquipélago? Vêm de onde?

 
Sócrates disse que não comentava porque se o fizesse tinha muito a dizer dos Açores e da Madeira.

 
A Madeira e os Açores ficam-nos caríssimos e, ainda por cima, não são obrigados a cumprir as leis portuguesas. Aqueles territórios, que se regem por leis próprias, são portugueses? Cá por mim, dava a independência às duas regiões autónomas. Se não precisam do continente, o continente muito menos precisa delas. Depois faziam “as flores” que muito bem entendessem com o dinheiro deles.

Grande lição

Foi hoje a enterrar um grande homem deste país. Ernâni Lopes conhecia bem a realidade portuguesa e transmitia a sua opinião para quem o queria ouvir. Num país onde o poder político se bate por esconder a realidade, este homem foi colocado no rol dos profetas da desgraça.

 
Em Junho deste ano, Ernâni Lopes dizia, na SIC que “a chave a médio e a longo prazo em termos do modo é valores, atitudes e padrões de comportamento”.

 
Nesse programa mostrou um quadro – a via útil para o futuro. E disse “Peço a vossa compreensão para a dureza do que vou dizer. O único problema é que a dureza não é minha. É da realidade pura e simplesmente.”


"Se não ensinarmos isto aos nossos filhos não vale a pena perder tempo a fazer medidas de pormenor de política monetária."

Num país onde tantos portugueses, incluindo a classe política, incentiva o facilitismo, não valoriza a excelência, adora a moleza, elogia a golpada, desconhece o significado de honra, desvaloriza o conhecimento, apoia a mandriice e vive na aldrabice, as palavras de Êrnani Lopes são mesmo uma grande lição.
Cada um de nós, no nosso metro quadrado, tem obrigação de pôr ém prática as palavras deste homem. Pelo menos para bem dos que nos são mais próximos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Candidatura chumbada

A candidatura portuguesa e espanhola foi eliminada. Óptimo!
O termos cá o mundial, diziam, trazia muitas vantagens a Portugal. Mas, conhecendo os portugueses como conheço, as despesas iriam ser maiores que as receitas. Iria ser formada mais uma comissão de amigos que iriam enriquecer à nossa custa. Tudo o que por cá se tem feito, tem acabado assim. Haja em vista a Expo e o Euro 2004. Este último, teremos de continuar nós todos a pagá-lo até 2024. Mas aposto que muito oportunista aumentou substancialmente a sua conta bancária à conta destes eventos.
Continuemos, até 2022, a apertar o cinto mas sem pensar em mais despesas de futebol para além do Euro 2004.

sábado, 6 de novembro de 2010

São os próprios deputados que o dizem

Nuno Teixeira, o único deputado madeirense no Parlamento Europeu disse, em entrevista, à SIC Notícias.

 “Quem quiser estar no Parlamento Europeu e passar entre os pingos da chuva, ou seja, não quiser fazer nada, é perfeitamente possível. Uma pessoa pode estar aqui um mandato inteiro e ninguém dar por ela mas quem quiser efectivamente trabalhar e quem quiser empenhar-se e fazer coisas tem muito para fazer, tem muito chão para percorrer e foi essa a opção que eu fiz. Optei por trabalhar porque foi para isso que as pessoas me elegeram, a minha obrigação é essa e eu não faço mais do que o meu dever.”

 A política é isto. A democracia é isto. Arranjam-se tachos para centenas de cidadãos com cartão partidário. Desses, uma meia dúzia trabalha, os outros “passam entre os pingos da chuva” e enchem a conta bancária. Lá, como cá, o número de deputados é estupidamente exagerado. A política portuguesa levou-nos para o lodaçal mas a política europeia vai pelo mesmo caminho. Quem sustenta esta gente toda, a minoria que quer trabalhar e a maioria que quer enriquecer, somos todos nós. E o que nós produzimos não é uma fonte inesgotável. Um dia, tudo isto estoura.

domingo, 17 de outubro de 2010

Óbito de Portugal

Um país que estava de tanga em 2001 e em 2010, depois de serem pedidos sacrifícios consecutivos aos portugueses, está nu. Um país onde os políticos oferecem computadores a milhões de crianças e, a seguir, lhe tiram os meios de subsistência. Um país que deve este mundo e o outro e que precisa que o Orçamento de Estado seja viabilizado para pedir mais dinheiro emprestado. Um país que desbaratou milhões de euros no embuste que é o Programa Novas Oportunidades, cuja finalidade é encher o país de analfabetos, à boa maneira de Salazar, mas comprando-os com uma qualificação. Um país onde os políticos, em tempo de crise e em véspera de eleições, numa atitude irresponsável e criminosa, aumenta 2,9 % ao vencimento dos funcionários públicos. Um país que arranja mecanismos desonestos, a que chama PPP, para fazer obra que os que vierem hão-de pagar. Um país cujos políticos, de norte a sul e de este a oeste, fundam empresas, institutos e afins que de pouco ou nada servem e cuja finalidade é colocar os amigos. Um país que tem um número injustificável de ministérios e com equipas ministeriais assustadoramente grandes onde, por mera coincidência, trabalham filhos e filhas dos correligionários. Um país onde qualquer saloio analfabeto que consiga entrar para a política consegue enriquecer em pouco tempo. Um país que está esquartejado em distritos e freguesias onde (imagine-se!) temos freguesias com 1 quilómetro quadrado e distritos (imagine-se!) com apenas uma freguesia, como é o caso de S. João da Madeira, tudo com a finalidade de arranjar tachos para os filiados partidários. Um país, que pouco maior é que uma quinta grande, onde os políticos viram necessidade de colocar no Parlamento o número máximo de deputados previsto por lei, já de si afrontosamente exagerado. Um país onde os políticos não servem os portugueses mas servem-se dos portugueses. Um país onde, para os políticos, poupar na despesa é apenas diminuir os vencimentos de quem trabalha ou tem uma reforma depois de uma vida de trabalho e ainda por cima têm a pouca vergonha de dizer que o fazem com uma dor na alma. Um país onde se criou, em Março de 1993, a Parque EXPO, uma empresa de capitais públicos para “conceber, executar, construir explorar e desmantelar a Exposição Mundial de Lisboa (EXPO’98)” e passados 18 anos continua a existir e fazer aquilo que sempre se fez sem ela, antes da EXPO. Um país onde o dirigente de um partido político não pára de insultar o adversário com quem quer negociar. Um país que tem um parlamento com gente sem valor e sem valores, sem moral e sem educação. Um país onde a DGCI gastou 220 mil euros a comemorar o aniversário. Um país que, no auge de mais uma crise, gastou uma quantia obscena nas comemorações do 5 de Outubro. Um país onde os políticos brincam com os nossos dinheiros e nunca são responsabilizados. … E podia ficar aqui um ano a escrever os desmandos dos nossos políticos e das nossas políticas.

Um país destes, para mim, chegou ao fundo. Tem de pedir a insolvência. Os políticos deste país já me deram provas mais do que suficientes de que não são honestos, de que não são capazes de governar nem gerir os dinheiros públicos.

Como se pode viabilizar um Orçamento de Estado para esta chafarica? Quem vai assinar a certidão de óbito de Portugal?

É que os do costume vão pagar as asneiras sucessivas dos governantes com uma única certeza – não vai servir de nada. Em 2011 teremos mais e mais gravosos PECs. Os que o vão decidir fazem-no levianamente porque a vida deles não vai ser, nunca foi nem nunca será, minimamente beliscada.

Com partidos políticos nunca teremos mais do que isto e sem partidos políticos, dizem, não temos democracia. Mas se a democracia é isto, eu não quero viver em democracia.

Precisávamos de um Salazar para pegar no Ministério das Finanças e colocar esta corja toda no olho da rua. Ou de uma revolução, desta vez sem cravos.

sábado, 16 de outubro de 2010

À Sócrates

Com a sua agorrância habitual, Sócrates pediu ontem ao PSD que acabasse com o tabu e dissesse se viabilizava ou não o orçamento. Afinal o OE ainda não estava acabado. e foi entregue fora do prazo estipulado na Constituição.Mas as estatísticas provam que os portugueses têm o Governo que querem e merecem. Pena que, mais uma vez, pague o justo pelo pecador.

Ou eu me engano muito ou o Governo ainda vai conseguir sacudir para o PSD a responsabilidade pelo atraso na entrega do OE.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

5 de Outubro

Faz hoje 100 anos que um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.

Imaginemos um português que resolver fazer uma festa de arromba para comemorar qualquer coisa. Por exemplo, os seus anos. Pede dinheiro emprestado a todos os seus familiares e amigos e, com ele, aluga a sala, contrata uma orquestra, arranja uma empresa que lhe põe nas mesas uma lauta refeição. Depois convida os familiares e amigos, a quem deve, para a sua festa e alega que o facto de fazer anos justifica uma festa deste calibre.

Comemorar o 5 de Outubro gastando uma pequena/grande fortuna numa altura em que os portugueses estão a dar da sua boca para o Estado, em que Portugal está endividado até à alma, é fazer como o português com a sua festa de anos.

Como é que os portugueses podem aceitar a austeridade que lhes cai em cima todos os dias, ainda por cima apelando ao seu sentido patriótico, com estes exemplos. Portugal continua a viver de faz de conta. Faz de conta que somos ricos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Haverá outro plano de austeridade?

"Não, com certeza que não. Estas são as medidas para 2010 e para 2011 para garantir a todos que chegaremos ao final de 2011 com um défice muito semelhante ao da Alemanha." - disse sócrates

Como já vivo há seis anos com este Governo socialista, a palavra do PM merece-me tanto crédito como a do Tiririca. Assim, aguardo as novas medidas de austeridade.

É de tocar o coração

"Estamos a atravessar um momento difícil, foram tomadas medidas muito duras e, obviamente, que sendo neste momento deputado sou dos que perde mais dinheiro", afirmou o deputado socialista Ricardo Gonçalves no hospital de Penafiel.

Senhor deputado. Estou com o coração a sangrar com a sua situação. Se quiser perder menos dinheiro, eu troco a minha reforma pelo seu ordenado com as alcavalas. É só contactar comigo por e-mail.


Os políticos de valor e de valores, já não existem. O que temos agora é... disto.

Que saudade do tempo em que os políticos eram pessoas respeitáveis!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A maioria dos portugueses votantes quis isto

“De modo que permaneceu sentado contando cada batida do seu angustiado embora insensível coração, grávido de uma cólera surda que só conseguia expressar com a imobilidade, devolvido ao passado através das imagens que lhe inflamavam a retina.”

Foi este o último parágrafo que li do livro “a Ofensa” de Ricardo Menéndez Salmón antes de começar a falar o Primeiro-ministro nas televisões. Eu fiquei exactamente como Kurt Cruwell. Imóvel, com uma revolta imensa, com uma raiva incontida, com uma fome de justiça, com uma tristeza imensa de já não poder fugir deste miserável país. A hecatombe que Sócrates me atirou para cima deixou-me com uma tal imobilidade que não fui onde devia ter ido à noite. O corpo e a alma não mo permitiam.

Hoje, só quero dizer aos portugueses que votaram neste miserável governo, aos funcionários públicos que se venderam por um aumento de 2,9%, aos concidadãos que, apesar de todas as evidências, ainda acreditaram em José Sócrates e nele votaram, que lhes desejo, do fundo do meu coração angustiado, que venham a sofrer, nos próximos anos, mais do que eu. Merecem, já que nele votaram.

Afinal a maioria dos portugueses votantes quis isto. Assim seja!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Para lamentar

O PR recebe hoje e amanhã os partidos com representação para lamentar. A ver vamos.

Manuel Alegre diz que o PR está a fazer campanha eleitoral e que não devia meter-se já a solução do problema compete aos partidos políticos. Há dias, o mesmo senhor Alegre disse que o PR já devia ter tomado esta decisão há muito tempo. Também é para lamentar.

Sr. Alegre, seja coerente com os ataques a Cavaco Silva e decida-se. Eu já decidi em quem não voto para PR.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Finalmente boas notícias!

Primeira boa notícia:
Pedro Silva Pereira, um homem que pessoalmente me irrita, disse que o Governo se demite se o Orçamento não for aprovado. Isso é que era bom para nós. Até custa a crer porque os políticos agarram-se ao poder como lapas e fartam-se de mentir. Mas quem sou eu para duvidar da palavra de Pedro Silva Pereira. Agora está nas mãos da oposição chumbar o Orçamento.

Segunda boa notícia:
António Mendonça diz que a solução para Portugal é o TGV. Resolve tudo. Até vai dar trabalho a médias, pequenas, micro e nano empresas. Parece o milagre da multiplicação dos pães. O TGV está nos últimos dias dos saldos. Não custa nada este ano e para os próximos dois anos pouco custa. Fica tão barato, tão barato que eu vou ponderar construir um para as casas das minhas filhas já que o Metro não vai lá. Aliás até talvez possa fazer um para Ponte da Barca, para Coimbra, para Setúbal e para Faro. Assim posso visitar as minhas irmãs com facilidade.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Faço a minha parte, como disse o PR

Ando preocupada comigo. Acho que estou a ficar masoquista. Continuo a ver/ler as notícias. O que vejo é um país perdido, sem rumo, falido, deprimido mas com políticos cheios de vontade de se esgadanharem. Cada um olha para o seu tacho, para os tachos prometidos, para o seu partido mas diz, com a maior das latas, que está naquele cargo por Portugal e pelos Portugueses.

Afinal quem está no Governo? O PS ou o PSD? Se é o PS, como julgo, por que carga de água tem que ser a oposição a dizer o que se deve fazer?

O PS teve que resolver o problema do PEC. O PSD ajudou a aprovar um aumento de impostos. O PSD foi suficientemente ingénuo para fazer um acordo de cavalheiros. Mas na política não há cavalheiros. Há interesses que se sobrepõem a tudo e que tudo justificam. O acordo tinha que ser por escrito. Preto no branco. Com testemunhas que deviam ser os portugueses. O PS aproveitou esse acordo para esfaquear o PSD pelas costas. E continua a atacá-lo.

Agora o PS precisa outra vez do PSD. O PS quer aumentar impostos mas não quer perder votos. Então quer que o PSD aprove o orçamento para depois dizer que o PSD aumentou os impostos. Quer ser ele a elaborar o orçamento mas quer que a responsabilidade de uma eventual catástrofe (como se o chumbo do Orçamento fosse uma catástrofe) seja do PSD.

Mas o PSD está, como eu, a ficar masoquista e ainda acaba por aprovar o Orçamento para não ficar como o mau da fita.

Espanta-me muito que todos os partidos perguntem (e queiram a resposta) onde se pode cortar. Já que ninguém, no Parlamento sabe onde se pode cortar, eu dou uma ajudinha, embora não seja a minha área, não seja obrigação minha e ninguém me pague para tal.

• Diminuam o número de deputados para metade. Ao que eles fazem, metade chega e sobra.
• Diminuam o número de freguesias para um décimo. Ou melhor, um vigésimo. Há freguesias com uma área de 1 quilómetro quadrado.
• Acabem com 80% das empresas públicas. E ainda ficam 20% para colocar os amigos.
• Acabem com os Governos Civis. Só servem para colocar os do partido e para gastar dinheiro. Utilidade, não têm nenhuma.
• Acabem com os carros. É uma pouca vergonha o que se passa com as viaturas que, para traseiros deste calibre, têm que ser do mais topo de gama que há. Ainda hoje se soube o que passa com as Águas de Portugal. Justificação – os quadros superiores vão, de BMW, atrás dos carros de piquete arranjar as fugas de água. ahahahahahah
• Acabem com telemóveis, cartões e regalias desse género. Um trabalhador da função pública recebe apenas o seu ordenado e é com ele que faz as suas chamadas telefónicas, que faz as suas extravagâncias, se o ordenado der.
• Acabem com todas as obras que não sejam de primeira necessidade. Quantos países ricos vivem sem TGV?

Se fizerem isto, dentro de pouco tempo temos as dívidas saldadas e uma pesada herança como a que o Salazar nos deixou e que os portugueses desbarataram em três tempos.


domingo, 19 de setembro de 2010

Em 22 de Junho de 1908 foi benzida a Igreja de Fermentelos. O meu avô paterno, que concluiu a sua licenciatura em Medicina em 1902 e que sempre foi muito querido na sua terra, foi um dos elementos da Comissão dessa igreja e conseguiu, para ela, as tribunas e dois altares laterais que vieram de um convento de Lisboa.
Em 1954, Fermentelos homenageou os quatro elementos dessa Comissão, colocando uma lápide na igreja.
Há pouco tempo a igreja foi restaurada e, à boa maneira portuguesa, destruíram-se algumas das particularidades desse templo. O chão, de ripas de madeira, foi substituído por um pavimento flutuante. A divisória de madeira que dividia a zona dos homens e das mulheres, pura e simplesmente desapareceu. As paredes estão de um branco que em nada beneficia os altares de talha dourada. A placa com o nome dos elementos da Comissão passou da parede exterior para uma parede da primeira entrada da igreja, agora revestida de vidro. Mas muito pior do que tudo isto. Foi colocado um ecrã fixo, para utilização das novas tecnologias durante as celebrações, mesmo em frente ao altar principal. Mesmo sabendo que esta igreja não é de um valor histórico de realce (embora para mim o seja), não entendo como é possível tapar assim um altar principal.

Assisti lá à missa e foi com mágoa que vi o que fizeram à igreja, em cuja construção o meu avô tanto se empenhou.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Understanding story

Já não aguento o Processo Casa Pia. O processo em que há uma vedeta - Carlos Cruz. Vedeta que está em toda a comunicação social, todos os dias, todas as horas. Chega. Ele diz que é inocente. Como todos. Com meia dúzia de excepções, nunca há culpados para crime nenhum. Que ele andou muito por Elvas, andou. Há moradores da zona que se fartaram de o ver por lá mas, obviamente, não sabiam o que ia fazer. E o que ele ia fazer só sabe ele e quem com ele esteve, voluntaria ou involuntariamente. O mediático advogado dele tem a certeza de que ele nunca foi a Elvas. Como é que ele pode ter essa certeza? Apenas pela palavra do seu cliente? E a palavra das vítimas não conta?

Incomoda-me pensar que houve vítimas e que não há culpados. Incomoda-me pensar que podem sair todos inocentes tirando o Carlos Silvino que, como não pode pagar um Sá Fernandes, tem que se sujeitar.

Não acredito na justiça nem nos advogados.

sábado, 4 de setembro de 2010

A justiça que temos

Ontem tive mais uma prova de algo que eu sempre soube. A justiça está mal também por causa dos advogados.

A anedota diz tudo.

Um homem passa em frente de uma lápide que diz:
"Aqui jaz um advogado, um homem honrado, um homem íntegro."
O homem benze-se e diz assustado:
-Virgem Santíssima! Enterraram três homens na mesma campa!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

É assim que o Governo governa

Que Sócrates não faça a mínima ideia do trabalho que dá e do tempo que demora lançar um ano lectivo, não é de admirar. Ele só sabe o que se passa no seu apartamento da Rua Braamcamp, comprado ao preço da chuva, no seu gabinete, nos restaurantes de luxo, nos hotéis de cinco estrelas, nas férias paradisíacas, etc., etc. Agora, que a Ministra da Educação não se queira lembrar daquilo que já viveu, é gravíssimo. Caramba! Ela foi professora!

Como o poder vira a cabeça das pessoas. Quando uma pessoa lá chega, ou alinha em tudo ou perde a reforma dourada que a espera. O poder, definitivamente corrompe.

O ano lectivo tem que ser lançado em Julho. Há que saber o número de turmas e os professores necessários, quer para a colocação dos professores quer a elaboração dos horários. Há muito trabalho de muita gente até que uma escola esteja pronta para iniciar um ano lectivo. E, a duas semanas do início do ano, vem a ministra, com aquele ar delicodoce avisar que mais de 700 escolas vão fechar este ano. E mandam todo o trabalho feito foi para o lixo sem o mínimo de consideração por quem o realizou.

Apetece dizer “para o raio que os parta a todos”.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pela imprensa

"Humanos esgotarão a 21 de Agosto recursos naturais do planeta para 2010

Os habitantes da Terra esgotarão a 21 de Agosto os recursos naturais que o planeta lhes proporciona anualmente, pelo que a partir daquela data passaremos a consumir e a viver dos créditos respeitantes ao próximo ano.


O alerta foi deixado hoje, segunda-feira, pela organização não-governamental Global Footprint Network (GFN), que anualmente calcula o dia em que o consumo da humanidade esgota os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer cada ano.

O limite em 2010 ou "Dia do Excesso" ("Earth Overshoot Day", em inglês) será atingido no sábado 21 de Agosto, refere a organização que trabalha para promover a sustentabilidade através do uso do conceito de Pegada Ecológica, uma ferramenta de contabilidade dos recursos naturais. ..." (Jornal de Notícias)

O Homem tudo tem feito para destruir a Terra. Era bom que todos pensássemos nisto.

domingo, 15 de agosto de 2010

Mais uma vez a justiça

Passos Coelho disse, e bem, que o governo interfere politica na justiça e nos seus agentes. Alberto Martins não sabe onde teria havido essa interferência.

O Sr. Dr. Alberto Martins deve estar com os óculos muito mal graduados. Não enxerga o que qualquer português vê.

Mas eu digo-lhe, Sr. Ministro. Tem interferido sempre que o Primeiro-ministro aparece envolvido em qualquer assunto menos claro. E isso tem acontecido amiudadas vezes. A justiça para o PM é a “dos mortos não falam”. A Independente morreu. As escutas morreram. E… por aí fora.

Precisa-se de um oftalmologista para Alberto Martins.


Crise para esquecer a crise

O PS ainda não entendeu que vivemos em democracia e, nessas condições, o PSD e qualquer outro partido têm poder para votar a favor ou contra o orçamento de estado. Sempre assim foi e nunca o facto de se falar num voto contra o OE abriu uma crise política. Bolas! O Passos Coelho tem um poder do caneco!

Se Sócrates e Passos Coelho trocassem de lugar, Sócrates faria exactamente o mesmo que Passos Coelho.

Presumo que esta pseudo crise é para esquecermos a que vamos pagar (e de que maneira!) quando acabarem as férias estivais.

Haja paciência!

sábado, 14 de agosto de 2010

O ego do PM

Quando as coisas não lhe correm de feição, é vê-lo, qual Calimero, a queixar-se das campanhas negras.

Quando correm mal aos outros, neste caso ao país com os incêndios, é vê-lo feliz a dizer que estamos no paraíso. Que quase não ardeu nada, que estamos super preparados para qualquer incêndio. Que tudo vai de vento em popa.

Vá lá a gente entender este ego!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pela imprensa

"Uma semana depois do chumbo da segunda avaliação do impacto ambiental do Freeport, a 6 de Dezembro de 2001, tudo estava decidido: o gabinete de arquitectos Promontório, que trabalhava há ano e meio no projecto, era dispensado e o trabalho era entregue ao atelier do arquitecto Capinha Lopes, que nessa altura participava, graciosamente, na montagem das campanhas eleitorais socialistas em Alcochete e noutros concelhos da margem sul.

Como foi tomada essa decisão, que deixou estupefactos os altos quadros da Freeport e o gabinete de arquitectos inglês Benoy - principal parceiro da empresa nessa área -, é qualquer coisa que os investigadores não conseguiram apurar, tanto mais que a investigação foi encerrada por decisão hierárquica antes de ser concluída."


(Público, 5 de Agosto de 2010)

Palavras para quê? São 'artistas' portugueses.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

PGR versus SMMP e vive-versa

Pinto Monteiro acusa Sindicato dos Magistrados do Ministério Público de actuar "como pequeno partido político". O problema é que esse partido não é o do Pinto Monteiro. Se fosse não havia qualquer problema.

Primeiro manda destruir as provas e agora, que o “morto não fala”, Pinto Monteiro canta de galo.

O Procurador-geral da República não devia ser escolhido pelo Governo. Tal como está, não falem na independência da Justiça nem na separação dos poderes.


domingo, 1 de agosto de 2010

O absurdo

Antes das últimas eleições legislativas, eu escrevi aqui o seguinte:
‘Se o PS ganhar as eleições, o sucesso escolar passará para os 100%. E Sócrates vai encher a boca com essa estatística que nos coloca na pool position da Europa.’

Ora aí está o que disse. A ideia peregrina do Governo, que felizmente não tem a maioria absoluta, vem completar as loucuras que há uma série de anos têm conduzido a educação ao estado comatoso.

“A ministra da Educação quer alterar as actuais regras de avaliação. Para Isabel Alçada, os chumbos quase nunca são benéficos e devem, por isso, ser substituídos por medidas alternativas.
A intenção da ministra foi revelada em entrevista ao Expresso, com Alçada a defender que raramente as reprovações contribuem para melhorar a qualidade do ensino. Em alternativa, a ministra propõe o estudo acompanhado e o reforço das aulas de apoio, bem como o desenvolvimento de projectos especiais, envolvendo mais professores, de forma a permitir dar mais atenção aos alunos com maiores dificuldades de aprendizagem.”

A Ministra vai, na secretaria, colocar o sucesso escolar nos 100%. Nada mais fácil. Acabam-se as reprovações e incentiva-se a preguiça. Claro que as reprovações não contribuem para melhorar a qualidade do ensino, como a Ministra disse. Como a proibição de reprovações também não contribui para melhorar a qualidade do ensino. Toda a gente o sabe. Mas o aluno que não estuda, que não se aplica, que não participa positivamente, que falta, que não realiza as actividades propostas pelos professores, que não quer aprender nem deixa que os outros aprendam, têm que receber a justa paga do seu não trabalho – a reprovação. Isto parece a lógico para qualquer pessoa com dois dedos de testa. Mas não é lógico para o Ministério. Para o Governo.

A cultura da mediocridade continua. O número de analfabetos aproxima-se rapidamente dos valores de antes do 25 de Abril. A diferença é que nessa altura os analfabetos eram apenas analfabetos e agora os analfabetos são qualificados. Vai viver-se a mesma situação mas em clima de “faz de conta”. Os goversos socialistas t~em sido de “faz de conta”. Mais. As classes mais desfavorecidas são novamente as mais prejudicadas. Os analfabetos qualificados vão ser, na sua maioria, dessas classes. Mas esse povo aceita, com a maior das felicidades, estes presentes envenenados. Não conseguem entender que estão a ser ludibriados. Que o seu futuro está cada vez mais comprometido.

Mas para o disparate ser completo a Ministra propõe que os professores dêem aulas de apoio e estudo acompanhado a estes preguiçosos. Será que a Ministra não sabe que todos os professores têm no seu horário aulas de apoio aos seus alunos, aulas essas a que os alunos necessitados não comparecem?

E, com essas aulas para fingir que se recupera quem se está nas tintas para a recuperação tanto mais que sabe que nunca pode ser reprovado, os professores ficam sem tempo para as aulas de substituição. Os professores ainda não têm o dom da ubiquidade nem que o Ministério lhes dê ordens para tal.

O alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, ainda vem agravar esta situação. Vamos ter toda a maralha com o 12º ano mesmo que nunca tenham merecido sair da iniciação.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pergunto eu...

Quando Sócrates disse que esperava não voltar a falar do processo Freeport, estava a falar connosco ou era um recado para os procuradores que tiveram a seu cargo a investigação?

Afinal o Procurador Geral da República, por coincidência escolhido por Sócrates, estipulou ou não um prazo para conclusão do processo?

Esse prazo teria sido alargado se os procuradores do processo o tivessem pedido alegando a necessidade de ouvir Sócrates?

Esse eventual limite de prazo, foi ou não o responsável por não se ter ouvido Sócrates? Os procuradores do processo queriam mesmo interrogar Sócrates de uma forma livre e imparcial?

Os portugueses devem ter vergonha de alguma coisa menos correcta que façam, se a Justiça é esta vergonha completa e mantém-se como se nada se passasse?

O Procurador Geral da República, tal como Sócrates, não estará na situação de “cada cavadela, cada minhoca?

Onde está a independência da Justiça?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A justiça que temos

O Ministério Público deu por terminada a investigação do caso Freeport. Manuel Pedro e Charles Smith são os únicos, dos sete arguidos, que irão a julgamento.

Sócrates, que faz e desfaz o que muito bem entende da nossa vida e dos nossos impostos sem nos dar a mínima satisfação, achou por bem vir falar ao país dizendo que a justiça o ilibou de qualquer culpa no caso Freeport. Como se todos nós já não soubéssemos que o Ministério Público nunca terá coragem para considerar culpado qualquer político do que quer que seja. Quanto mais um primeiro-ministro!?

Na minha opinião, o que devia estar em causa não era o licenciamento ambiental do empreendimento Freeport mas o facto de, dias antes de eleições, o Conselho de Ministros ter aprovado o DL que alterou os limites da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo. Depois dessa alteração, qualquer Ministro podia aprovar o projecto sem cometimento de qualquer ilícito criminal.

Os grandes já estão de fora. Agora vão a julgamento apenas estes dois. E na minha opinião devem ser punidos porque são lorpas. Eles eram intermediários do negócio entre Inglaterra e Portugal. Em vez de intermediarem directamente, deveriam tê-lo feito através do Primeiro-ministro. A esta hora as conversas já estavam reduzidas a cinza e eles estariam ilibados também. Não são uns pacóvios quaisquer. Eles têm conhecimentos nas “altas instâncias”, pelo que esse erro não tem perdão.

Ainda há quem acredite na justiça deste país!? Eu acredito tanto na justiça como nos políticos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ponte Europa

‘Num relatório de 2004, o Tribunal de Contas (TC) diz que "o valor da adjudicação da empreitada foi de 38,65 milhões de euros". E acrescentou que "o custo da solução rodoviária" cifrou-se em 111,3 milhões, fazendo contas a nós de acesso e a uma derrapagem de 288%.’

JN 2009-11-18

A Ponte da derrapagem lá está para por ela passarmos e os responsáveis pela derrapagem, passam por ela como qualquer um de nós.
Neste país que teima em dizer-se do primeiro mundo, a responsabilidade pelo gasto dos nossos dinheiros, morrerá sempre solteira. É que quando o Estado precisa de mais dinheiro, tem uma solução super simples. Vem buscá-lo aos nossos bolsos.

domingo, 25 de julho de 2010

Salazar

“A agência Bloomberg escreve hoje que o antigo ditador António de Oliveira Salazar poderia ser recordado como o melhor investidor que Portugal já teve, caso o banco central português autorizasse o país a beneficiar das suas reservas de ouro.
Em proporção com o tamanho da economia, Portugal armazena mais ouro que qualquer outro país na Europa, a maioria do qual acumulada durante os 36 anos da ditadura de Salazar com poupanças e o dinheiro das exportações portuguesas, incluindo volfrâmio (tungsténio) e da indústria conserveira.”


Afinal a “pesada herança” valeu a pena.

A Salazar tenho que estar grata por não ter usado o dinheiro dos meus impostos em proveito próprio nem ter permitido o mesmo aos que o rodeavam. O mesmo não posso dizer dos políticos de hoje.


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escolha fácil

Entre brincar às Constituições ou brincar aos Governos, prefiro que brinquem às Constituições. É que esta última brincadeira ainda é anteprojecto e as brincadeiras do Governo estão-nos a sair muito caras.
Que Nosso Senhor ilumine estas cabeças!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Estado do País

Calamitoso!

Sócrates resolveu fazer Mega-Agrupamentos de Escolas. Vai “despedir” umas dezenas de Directores. Bem sei que o aumento que os Directores das Escolas tiveram, foi escandalosamente grande. Maria de Lourdes Rodrigues precisou de os comprar para conseguir chegar a algumas escolas. Mas, o que o Estado encaixa é irrisório.


Se em vez de Mega-Agrupamentos de Escolas, o Governo fizesse Mega-Agrupamentos de Freguesias, de Deputados, de Comissões, de carros oficiais, de Governos Civis, de Empresas Públicas, de Comissários Políticos em tudo quanto é sítio, aí sim, aí encaixava o suficiente para nos deixar viver.

Mas com partidos políticos temos que sustentar esta chusma de parasitas. O que quer dizer que, se em democracia não temos solução e se sem partidos não há democracia, estamos tramados. Mesmo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pela imprensa

“Relação anulou crime de corrupção a Isaltino”. Possivelmente, como Domingos Névoa, não corrompeu as pessoas certas. Ou será que se provou que a cabeleireira, mulher do primo taxista, ganha mesmo milhões no salão?...

"Assis acusa Passos de criar uma espécie de ameaça de Verão". Se o que diz Francisco Assis fosse credível, estávamos todos fechados em casa com medo de Pedro Passos Coelho. O PS não sabe mesmo viver em democracia sem maioria absoluta.

“Metade dos alunos com negativa no exame de Matemática do 9º ano”. Se, no ano passado, a subida das notas “mostrou” o sucesso das reformas, o resultado deste ano “mostra” o falhanço das ditas.

“Dois terços do peixe consumido em Portugal é importado”. Isto num país que já foi de pescadores. O país da Europa com maior número de quilómetros de costa por quilómetro quadrado de terra.


A nossa passividade mostra que nós merecemos os Governos que temos. Os nossos antepassados é que não merecem que destruamos o que nos deixaram de herança.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Portugueses filhos e portugueses enteados

Paga-se portagem na A1 entre Lisboa e Alverca? E na A2 entre Lisboa e Coina? E na A5 entre Lisboa e Porto Salvo/Oeiras? E na A8 entre Lisboa e Loures? E na A23? E no IC2 entre Lisboa e Póvoa de Santa Iria? E no IC2 entre Almada e a Costa de Caparica? E no IC19 entre Lisboa e Sintra? E no IC21 entre Coina e o Barreiro? E n0 IC32 entre a A2 (Coina) e Alcochete?
Estamos a falar de cerca de 1000 km na zona da Grande Lisboa, a zona com maior poder de compra do país, ou não estivessem lá todos os decisores dos nossos destinos.

Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Espinho, Esposende, Ovar e tantas outras terras estão para o Porto como Sintra, Costa da Caparica, e todas as referidas acima estão para Lisboa.

Por que se decidiu vir buscar o dinheiro aos portugueses que vivem no Norte e no Centro?
Por que se pode ir, em auto estrada, de Lagos a Vila Real de Santo António (140 km) ou de Lisboa a Sintra (30 km) sem pagar um cêntimo e não se pode ir do Porto a Vila do Conde (30 km) nas mesmas condições?

Se os lisboetas e algarvios não querem, e bem, pagar as estradas do norte, os do norte também não querem, e bem, pagar as estradas de Lisboa e do Algarve.

Se os políticos se recusam a diminuir a despesa do Estado nos meandros políticos, redução que podia chegar aos 50%, e optam por nos vir buscar mais ao bolso, então ou pagam todos ou não paga ninguém. As excepções vão criar injustiças e permitir falcatruas. Todos o sabemos. Cobrem-se portagens em todas as SCUTS e auto-estradas, de norte a sul e de este a oeste, e diminua-se o custo dessas portagens.

A dúvida que me resta é saber para onde vão os muitos impostos que os portugueses pagam.

sábado, 26 de junho de 2010

Situação insustentável

“Um Presidente da República não pode nunca dizer que ‘Portugal vive uma situação insustentável’ porque isso cria dificuldades ao próprio país. Ao Presidente da República cabe não palavras de depressão, não palavras que desmobilizem os portugueses mas uma palavra de confiança. E se a situação é insustentável o que é que ele fez para impedir que a situação fosse insustentável. Ela avisou? Ele preveniu? Mas o Presidente da República não é eleito para avisar; não é eleito para prevenir. O Presidente da República tem poderes que estão consagrados na Constituição. Portanto de quem é a culpa?” – palavras de Manuel Alegre na sua pré-campanha eleitoral.

Para Manuel Alegre, como para Sócrates, não de deve dizer a verdade. Deve dourar-se a pílula. Recuso-me a aceitar isso. Não estamos a falar para crianças, estamos a falar para adultos que vivem em sérias dificuldades que Manuel Alegre, ou Sócrates, não conhecem. Não sabem o que é viver a contar os tostões diariamente. Viver à espera que o fim do mês chegue depressa.
Mas numa coisa eu concordo com Manuel Alegre. O Presidente da República tem poderes consagrados na Constituição para ter evitado que a situação chegasse onde chegou. Ao insustentável. Cavaco Silva teve muitas oportunidades para demitir o Governo. Por muito menos, Jorge Sampaio demitiu o Governo de Santana Lopes.

O que eu não esperava é que esta opinião viesse dum socialista. Mais. De um socialista candidato à Presidência da República e, ainda por cima, apoiado pelo próprio Partido Socialista. Boa! Gostei.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Martin Niemoller

“Quando os nazis levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse”

Martin Niemoller
(Lippstadt, 14 de janeiro de 1892 — Wiesbaden, 6 de março de 1984)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Moçambique? Portugal?

Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro» dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos “ricos”. Aquilo que têm, não detêm. Pior, aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitariam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por os lançar a eles próprios na cadeia. Necessitariam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.




Coitados dos novos ricos. São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam ser sustentados com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.

...

E lá estão eles imitando os outros, assimilando os tiques dos verdadeiros ricos de lugares verdadeiramente ricos. Mas os nossos candidatos a homens de negócios não são capazes de resolver o mais simples dos dilemas: podem comprar aparências, mas não podem comprar o respeito e o afecto dos outros. Esses outros que os vêem passear-se nos mal-explicados luxos. Esses outros que reconhecem neles uma tradução de uma mentira. A nossa elite endinheirada não é uma elite: é uma falsificação, uma imitação apressada.

...

Os nossos ricos dão uma imagem infantil de quem somos. Parecem crianças que entraram numa loja de rebuçados. Derretem-se perante o fascínio de uns bens de ostentação.
Servem-se do erário público como se fosse a sua panela pessoal. Envergonha-nos a sua arrogância, a sua falta de cultura, o seu desprezo pelo povo, a sua atitude elitista para com a pobreza.



Os índios norte-americanos que sobreviveram ao massacre da colonização operaram uma espécie de suicídio póstumo: entregaram-se à bebida até dissolverem a dignidade dos seus antepassados. No nosso caso, o dinheiro pode ser essa fatal bebida. Uma parte da nossa elite está pronta para realizar esse suicídio histórico. Que se matem sozinhos. Não nos arrastem a nós e ao país inteiro nesse afundamento.


Mia Couto

sábado, 19 de junho de 2010

Haja bom senso

Detesto hipocrisias. Tenho pena de todas as pessoas que morrem porque eu gosto da vida e desejo, para os outros, aquilo que, para mim, é bom.

Morreu um homem – José Saramago. Um português da cultura que escolheu viver em Espanha. Um português que levou Portugal a todo o mundo. Daí a haver dois dias de luto nacional, um avião, pago por nós, para ir buscar o corpo de Saramago a Espanha e 24 horas diárias da comunicação social a falar da sua morte, vai um exagero que não entendo.

Na minha opinião não há insubstituíveis. A vida continua, morra quem morrer nem que essa morte seja a de um humilde pai de família que era o sustento de todos os seus.

Saramago ganhou um prémio Nobel. É um orgulho para Portugal. Nessa altura, cheguei a ouvir, ver e ler que Portugal ganhou o seu primeiro prémio Nobel. Santa ignorância! O nosso grande Egas Moniz ganhou um prémio Nobel em 1949. Um homem que teve uma vida difícil por causa da sua actividade política em prol da liberdade de expressão e pensamento. “As suas duas descobertas mais importantes foram a angiografia cerebral, conseguida em 1927 e a leucotomia pré-frontal, concretizada em 1935. A primeira foi premiada com o Prémio de Oslo de 1945 e a segunda com o Prémio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1949.” Alguém se lembra de Egas Moniz? Alguém fala em Egas Moniz? Por acaso faz parte do percurso escolar dos jovens uma alusão ao trabalho e à vida de Egas Moniz? Quantos portugueses já visitaram a Casa-Museu Egas Moniz em Avanca? Eu já a visitei três ou quatro vezes e já lá levei dois grupos de jovens.

Até na morte é preciso ter sorte.

Será que algum peso na consciência leva a que a morte de Saramago tenha este mediatismo? Agora todos adoram o homem, o cidadão português e o escritor. Se morresse o Cristiano Ronaldo também teríamos luto nacional? Tivemos este exagero quando morreu a Engenheira Maria de Lourdes Pintassilgo, que exerceu o cargo de Primeira-ministra deste país? Tivemos este exagero quando morreu a Grande Sophia de Melo Breyner? Tivemos este exagero quando morreu o grande Eugénio de Andrade? E tantos, tantos homens e mulheres de valor que nos deixaram heranças notáveis mereceram isto?

Eu sei que é "bem" dizer que já se leu muito Saramago, que se adora a escrita de Saramago, que é o maior escritor português. Mas eu não ligo ao que é “bem”, digo o que penso e dou a cada pessoa o direito a ter os seus gostos e as suas preferências.

Enquanto escritor não me vai fazer falta. Tenho cinco livros dele e não consegui ler nenhum até ao fim. Não aprecio a sua forma de escrever e tenho esse direito.

Como cidadã portuguesa, também não vou sentir a sua falta. Por algumas vezes me senti incomodada com as palavras de Saramago ao país onde nasceu.

Enquanto católica praticante, Saramago também não me vai fazer falta. Respeito todas as convicções religiosas e todas merecem respeito. A minha nem sempre foi respeitada por Saramago.

Que descanse em paz!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que o berço dá, a tumba leva...

...diz o povo que é sábio, ou melhor, era sábio quando criava provérbios que traduziam verdades que ainda hoje o são.

Quando se tratou de reduzir o vencimento dos políticos em apenas 5%, o nosso primeiro disse ser contra gestos simbólicos e mais a favor de resultados. Teve que engolir para arranjar o “arranjinho” com Passos Coelho.

Hoje, dia em que se promulga a lei que permite o casamento entre homossexuais, o nosso primeiro almoçou com representantes de movimentos de gays e lésbicas numa atitude que, segundo ele, é meramente simbólica.
Onde fica a coerência?

O nosso primeiro quis falar com Xico Buarque mas teve necessidade de dizer que este é que queria estar com ele. Quando Xico Buarque se indignou e publicamente disse que o nosso primeiro é que pediu para estar com ele (e trazer autógrafos para a família e amigos), veio um comunicado alegando um “erro de transmissão”.
Onde fica a verdade?


Não há nada a fazer. Facadas na verdade e na coerência são a imagem de marca do nosso primeiro.
A incoerência e a fuga à verdade estão-lhe nos cromossomas.

sábado, 22 de maio de 2010

Doze motoristas designados no mesmo dia?!

Sócrates falou em crise? Falou em reduzir a despesa? Disse que os sacrifícios pedidos eram iguais para todos?
Então que é isto?
E que tal se reduzisse substancialmente o número dos seus motoristas?

Despacho n.º 8346/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Deloitte & Touche, Lda., António José Oliveira Figueira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8347/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares Rui Manuel Alves Pereira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8348/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita ao Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8349/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Augusto Lopes de Andrade para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8350/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.,Arnaldo de Oliveira Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8351/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Martins Morais da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8352/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Orlando Duarte Vouga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8353/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8354/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa a agente principal da Polícia de Segurança Pública Liliana de Brito para exercer funções de apoio administrativo no Gabinete do Primeiro-Ministro
• Despacho n.º 8355/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública José Duarte Barroca Delgado para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8356/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Manuel Benjamim Pereira Martinho para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8357/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Horácio Paulo Pereira Fernandes para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Despacho n.º 8358/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Custódio Brissos Pinto para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Eu já vivi o vosso futuro"

Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, sobre o Tratado de Lisboa

"É surpreendente que após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).
O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabê-lo examinando a sua versão soviética.
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é a URSS escarrada?
A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente. Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE. Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo.
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE. Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto». Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade. Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE. Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas económicos e étnicos. O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE também o é. (…)
Eu já vivi o vosso «futuro»…"

Retirado daqui

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons.


Martin Luther King

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Estou farta!

Em 2001, quando Guterres abandonou o barco, Durão Barroso começou com o cenário da “tanga”. Durão também abandonou o barco e agora estamos no cenário do “fio dental” apesar de os pequeninos andarem há 10 anos a apertar o cinto. Os furos do cinto estão quase na fivela mas, enquanto isso:

"... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham pouco mais de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os nossos gestores recebem, em média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"
(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/08)

Dá ideia que andámos a apertar o cinto para sustentar os nossos gestores e políticos.

De manhã, o PM exultava de alegria com o crescimento da economia. À noite, era público o pacote das drásticas medidas que eu jamais vi neste país. Será o PM bipolar?

E os políticos de Bruxelas?! São aos milhares. Pagamos-lhes milhões e milhões. Com que moral mandam apertar o cinto aos desgraçados? Que diminuam o número dos que andam por lá. Que paguem menos àquela mole de gente.

Estou farta de União Europeia. Estou farta dos políticos. Estou farta de fazer sacrifícios para estar cada vez pior. Estou farta de Portugal.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Subsídio de desemprego

A minha amiga Luisa encontrou na rua uma rapariga que trabalhava numa loja, lá na rua, que fechou. Manifestou-lhe solidariedade e a rapariga respondeu: "Até foi bom. Ganho mais 10,00 € com o subsídio de desemprego do que a trabalhar".
Se acabassem com o subsídio de desemprego, muito desempregado estaria a trabalhar.
Incentivar a preguiça é uma forma de aumentar o desemprego.

Sou a favor de um subsídio de emprego. Quem ficasse desempregado tinha duas alternativas - ficar em casa sem ganhar nada ou ir ajudar numa escola, num hospital, numa Cãmara, numa Junta de Freguesia, numa repartição, ... e, no fim do mês, receber um subsídio de emprego. Isso incentivava a procura de emprego.

Quem ganha mais no desemprego do que a trabalhar, nada fará para arranjar outro emprego.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ontem foi 25 de Abril

Ontem fiz uma pequena viagem com os meus netos mais velhos. Perguntei ao mais velho o que tinha aprendido na escola sobre o 25 de Abril. Das duas, uma. Ou o(a) professor(a) não sabe o que foi o antigo regime ou a sua opinião é política e não histórica. Acompanho o pouco que de bom e as moles de asneiras que se têm feito neste país. Não entro em euforias e tento ver os sinais que permitem prever como será no futuro. Quando se deu o 25 de Abril eu não vivia à custa dos pais. Não andava no liceu. Nem na universidade. Trabalhava e já era mãe de duas filhas e meia. Uma vida cheia de responsabilidades. Sei reconhecer o que de bom e mau tinha o antigo regime. Tinha muita coisa boa, contrariamente ao que se pretende passar às novas gerações. Mas a alegria com que vivi o 25 de Abril, começou a esmorecer no dia 26 e acabou por desaparecer. Os sinais estavam lá. Era de prever que o povo não tinha capacidade para lidar com a liberdade e que os políticos oportunistas recém-nascidos iam desbaratar a “pesada herança” em dois tempos. E assim foi. E continuamos a ver os políticos a enriquecer escandalosamente. Eles decidem as suas regalias e o povo, que dizem representar, é coisa que nem lhes passa pela cabeça.

A primeira grande asneira foi o lema “somos todos iguais”. Não éramos, não somos e nunca seremos todos iguais. Em educação, em cultura, em trabalho, em honestidade, em frontalidade. Mas para “sermos todos iguais” havia que nivelar. E os sucessivos governos foram nivelando. Cada vez mais por baixo. O que significa que somos cada vez mais diferentes já que, felizmente, houve quem resistisse sempre a esse nivelamento por baixo.

O regime político passou a chamar-se democracia. E nessa coisa a que chamam democracia, o país vive dos partidos políticos e os partidos políticos vivem de lugares para os seus amigos. Então esquartejou-se um país, que pouco maior é que uma quinta grande, em milhares e milhares de quintais, as freguesias, algumas com cerca de 1 km2 de área. Esse quadrado de 1 km de lado (que pode ser um grande pomar ou uma grande plantação de tomates) custa-nos um edifício para uma Junta de Freguesia, com todas as despesas de manutenção, uma série de adjuntos, secretários, … (eu sei lá!) que trabalham directa ou indirectamente para essa Junta. Não sei quanto gasta o Estado (todos nós) para sustentar esta chusma de gente perfeitamente desnecessária. E agora falam novamente em regionalização. Para quê? Para aumentar o número de tachos. Não tentem convencer-me que descentralizar é o mesmo que regionalizar. Qualquer Governo pode descentralizar mas, até hoje, nenhum o fez. Isso não dá mais empregos para os amigos. Regionalizar, isso sim. Aparecem os tachos. Portanto, a pergunta se é a favor ou contra a regionalização é demasiado simplista. Eu sou a favor da regionalização desde que se agrupem dezenas de freguesias numa só. Sou contra a regionalização se ela trouxer aumento da despesa.

A política, depois do 25 de Abril, serviu para tudo. Até para colocar no Parlamento um número de deputados perfeitamente idiota por exagerado. Que nos gastam uma fortuna e pouco fazem. Basta ir visitar o Parlamento num qualquer dia. Eu estive lá em Janeiro e fiquei chocada. Saem, entram, lêem o jornal, vêem o correio electrónico, actualizam os facebooks, h5 e afins, jogam nos computadores. Uma vergonha. Quando o deputado que tem a palavra, termina a sua exposição, os do seu grupo parlamentar, que não ouviram rigorosamente nada, batem palmas. Para um país como o nosso, 50 deputados chegavam e sobravam. E a desculpa de que os políticos têm que ser bem pagos para se minimizar a corrupção, até assusta. Mostra bem o conceito que eles têm dos seus valores éticos.

Aqui há uns anos, ainda no tempo do escudo, estava a almoçar num restaurante e ouvi a conversa de dois cavalheiros da mesa contígua. Um deles tinha entrado para o parlamento numa substituição. O presidente da bancada sugeriu-lhe que fizesse parte da Comissão da Agricultura. O dito cavalheiro disse que, sendo advogado, não fazia sentido pertencer a uma Comissão de que nada sabia. Mas o presidente insistiu. Como não havia vagas noutra Comissão, ele devia aceitar a da Agricultura porque, por cada assinatura, recebia 20 contos. É esta a ética dos parlamentares. Roubar o mais que podem. E ainda têm a lata de dizer que estão lá por Portugal e pelos Portugueses. Estão lá por eles e para eles.

O PEC, cuja finalidade tenta ser tirar-nos do buraco onde dezenas de Governos nos meteram, só aponta no sentido de prejudicar os que não estão ligados à política. Ninguém fala do que podíamos poupar se reduzíssemos significativamente o número de freguesias ou o número de deputados. Reduzir o número de tachos não agrada aos políticos, mesmo para bem do país que eles dizem representar.

Portugal não merece os séculos de história que tem. Comporta-se como um emergente novo-rico sem princípios. Mas isto vai acabar na rua, não com cravos mas com sangue. Já faltou mais.

(Tudo o que disse não se aplica a qualquer político honesto que eventualmente exista)


sábado, 17 de abril de 2010

Os mortos não falam

As escutas que envolviam o nosso primeiro foram destruídas.
A Independente foi fechada.
Os papeis da Covilhã (Guarda?) desapareceram.
...
Os mortos não falam. Quanto aos vivos com responsabilidades que, no Parlamento, dizem "manso é a tua tia, pá" deviam ser calados.

A carreira política é a única onde se pode entrar sem qualquer habilitação, educação, qualificação, ... e onde se é patrão de si mesmo. Daí a qualidade deplorável da maioria.

É o país que um povo de analfabetos, mesmo que qualificados, quer que tenhamos. E, em democracia, a opinião de dez patetas insensatos vale mais que a de dois inteligentes sensatos.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Até que enfim

Um pai que, em vez de lutar por condições que lhe permitam estar mais tempo com os seus filhos, luta para que os infantários e escolas estejam abertos o maior número de horas possível, para mim, é um pai que ou não aprecia a companhia do filho, ou não está para o aturar. Esta tem sido a posição da CONFAP, presidida pelo Sr. Albino Almeida. Não tenho estado de acordo com as posições que a CONFAP tem tomado. A sensação que tenho é que para as Associações de Pais, o papel dos Pais termina no dia em que, pela primeira vez, depositam o seu rebento no infantário. A partir daí, quem tem a obrigação de os educar, ensinar e inserir na sociedade são as Educadoras de Infância e os Professores. “A educação compete aos Pais, a instrução às escolas e a cultura aos Avós” – uma verdade que li há muito tempo.

Finalmente vejo uma atitude do Sr. Albino Almeida com a qual estou completamente de acordo. Os pais dos alunos que pratiquem bullying devem ser responsabilizados. O bullying tem sido encarado com alguma leviandade e foi preciso ocorrer um caso muito grave em Mirandela para que este assunto começasse a ser encarado como um problema muito sério.

Há vários países europeus onde, por muito menos do que isso, os Pais são responsabilizados. Espero que a Ministra da Educação, ao menos no caso do bullying, comece a punir a irresponsabilidade de tantos Pais.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Solidariedade com a Madeira e o Haiti

põe-te a mexer…


solidariedade com a madeira e o haiti

28 de março – marginal de leça da palmeira – 10h00

vamos caminhar e ajudar a madeira e o haiti.

contribua e vista a t-shirt desta causa

o valor será enviado na íntegra para a madeira e o haiti, através dos lions e rotary.

locais de inscrição:
postos de turismo de matosinhos e leça da palmeira
juntas de freguesia do concelho de matosinhos
contactos:
clubes rotary do concelho de matosinhos
clubes lions do concelho de matosinhos



Os Clubes Lions da Divisão 5 do Distrito 115 CN e os Clubes Rotary de Matosinhos, em colaboração com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Matosinhosport, vão levar a cabo esta iniciativa para angariar fundos para a Madeira e o Haiti.


Vamos ser solidários com os que precisam de nós.


Apareçam! Divulguem!

Informações neste blogue

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O poder de um cartão

Conheci uma rapariga cujo namorado ganhou 10.000 contos num qualquer jogo da Santa Casa, num dos últimos anos da década passada. Nem ela nem ele estavam preparados para ter tanto dinheiro. O deslumbramento foi a desgraça deles. Fizeram uma bonita festa de casamento. Compraram um carro pequeno mas com todos os extras que imaginar se possa. Comeram e pagaram aos amigos grandes mariscadas. Enfim. Esbanjaram até ficarem sem nada. Agora vivem do seu trabalho numa casinha alugada. Para quem não tem uma formação muito sólida, o dinheiro deslumbra.

O poder é como o dinheiro. Também deslumbra. Há muita gente, diria mesmo, a maioria das pessoas não tem preparação para ter poder. Fica deslumbrada e quanto mais poder tem, mais poder quer ter. E utiliza esse poder de maneiras muito pouco éticas. A palavra “Ética” deveria sair dos dicionários e ser praticada pelos cidadãos. Todos.

É uma pena que qualquer português possa ser político mesmo que seja ignorante, mal formado, mal educado, trapaceiro, burlão, pouco mais que analfabeto,… Apenas tem quer ter um cartão partidário. Não será exigência a menos para quem devia ter a seu cargo o futuro dos seus concidadãos?

O valor que tem um cartão que nada vale!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Separação de poderes

A separação de poderes é uma treta. Basta vermos que o Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, foi nomeado pelo Presidente da República, sob proposta do Governo. Ou seja, o PGR é um homem da confiança do Governo.

Não discuto a legitimidade que o jornal Sol tinha para publicar as escutas. O que é facto é que neste momento elas são públicas e graves. Ainda bem que o Sol as publicou. As dúvidas que ficaram pendentes na altura tinham razão de ser.

José Sócrates nada diz sobre o conteúdo das conversas telefónicas. Agarra-se com unhas e dentes à separação de poderes e vira advogado de defesa de Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento. Mal fora que ele não defendesse o seu “escolhido”.

Em Portugal nenhum juiz, em tempo algum, terá coragem para condenar um poderoso. Nem os advogados do jet-set o deixariam. Aliás os políticos só se lembram dos problemas da justiça quando um deles está no “barulho”.
São os juízes que temos, os advogados que temos e ao políticos que temos.

Talvez Nossa Senhora de Fátima ainda vá a tempo de nos acudir. E esteja disposta a isso.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Parabéns Paula

Mandaram-me estes despachos pela internet. Vou supor que são verdadeiros.


Tanto tempo que se tem demorado com a avaliação da função pública. Afinal pode avaliar-se uma pessoa em 5 (cinco) dias. Mas há mais. Cinco dias dão para avaliar a lealdade a competência, a dedicação e as qualidades pessoais e profissionais. A Paula deve ser mesmo uma profissional fora de série. Parabéns Paula! Continue assim que vai longe na vida.
Quanto terá ganho a Paula nestes dias? Para onde terá ido? Para longe?

sábado, 30 de janeiro de 2010

A cantiga do costume

Em 2002, quando Durão Barroso tomou posse de primeiro-ministro, declarou que o PS de Guterres tinha deixado o país de tanga. E estivemos três anos a apertar o cinto.
Em 2005, José Sócrates não usou o termo tanga mas a conversa foi a mesma a mandou apertar o cinto.
Em 2009, José Sócrates é novamente primeiro-ministro e manda apertar o cinto.
Convenhamos que estas medidas custam muito a aceitar, principalmente quando nos dizem que os mais de sete anos em que apertámos o cinto não serviram rigorosamente para nada. Que é feito da poupança para a qual nós contribuímos? Será que não se fazem furos em cintos Prada ou Versace? Só se fazem nos cintos da feira ou do comércio de bairro?
O ministro das Finanças disse que aceitaria diminuir o seu salário se fosse preciso. Mas não vai ser, por Deus. Estão tantos a apertá-lo que a vez dele não chegará.
Se eu ganhasse o que ganham os políticos (alcavalas incluídas) ou os colocados por eles, estava-me nas tintas para estas bagatelas destas medidas. O meu dia-a-dia continuava a ser rigorosamente o mesmo. Assim, terei que apertar o cinto, do comércio de bairro, mais uma vez não sei por quanto tempo. Uma coisa sei. Não vai servir de nada.

O próximo PM, está bem de ver, vai-nos mandar apertar o cinto.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Na Assembleia da República

Estive na Assembleia da República. Antes da visita guiada, que valeu a pena, estivemos a assistir aos trabalhos a que se seguia uma votação. Fiquei chocada com a postura dos deputados. Enquanto um falava, os outros saíam, entravam, falavam, faziam barulho, liam o jornal, viam o correio electrónico, actualizavam o facebook, viam os jornais on-line, riam, telefonavam,… eu sei lá. Uma balbúrdia inaceitável. Uma falta de respeito por quem estava a falar que eu nunca admitiria numa sala de aula. Limitavam-se a bater palmas quando o porta-voz do seu partido acabava de falar, apesar de não terem ouvido uma só palavra.
Estas senhoras e estes senhores, que decidiram que os professores têm que prestar provas quando iniciam a sua carreira, estão ali sem terem prestado qualquer prova e o exemplo que dão é perfeitamente lamentável. Apenas possuem o cartão de um partido.
Começarei a respeitar os políticos quando eles decidirem diminuir a quantidade de gente que deambula pelos corredores da política. Ali e nos milhares de autarquias em que Portugal está retalhado. Um país pouco maior que uma quinta e que, ainda por cima está falido, não justifica 230 deputados. 50 chegavam e sobravam. Como não há nada que justifique que haja freguesias, maioritariamente rurais, que têm um quilómetro quadrado.
Mas o objectivo de todos os partidos é arranjar o maior número de tachos para os seus filiados e amigos.
Que moral têm estes portugueses para decidirem do futuro dos seus concidadãos?