sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pergunto eu...

Quando Sócrates disse que esperava não voltar a falar do processo Freeport, estava a falar connosco ou era um recado para os procuradores que tiveram a seu cargo a investigação?

Afinal o Procurador Geral da República, por coincidência escolhido por Sócrates, estipulou ou não um prazo para conclusão do processo?

Esse prazo teria sido alargado se os procuradores do processo o tivessem pedido alegando a necessidade de ouvir Sócrates?

Esse eventual limite de prazo, foi ou não o responsável por não se ter ouvido Sócrates? Os procuradores do processo queriam mesmo interrogar Sócrates de uma forma livre e imparcial?

Os portugueses devem ter vergonha de alguma coisa menos correcta que façam, se a Justiça é esta vergonha completa e mantém-se como se nada se passasse?

O Procurador Geral da República, tal como Sócrates, não estará na situação de “cada cavadela, cada minhoca?

Onde está a independência da Justiça?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A justiça que temos

O Ministério Público deu por terminada a investigação do caso Freeport. Manuel Pedro e Charles Smith são os únicos, dos sete arguidos, que irão a julgamento.

Sócrates, que faz e desfaz o que muito bem entende da nossa vida e dos nossos impostos sem nos dar a mínima satisfação, achou por bem vir falar ao país dizendo que a justiça o ilibou de qualquer culpa no caso Freeport. Como se todos nós já não soubéssemos que o Ministério Público nunca terá coragem para considerar culpado qualquer político do que quer que seja. Quanto mais um primeiro-ministro!?

Na minha opinião, o que devia estar em causa não era o licenciamento ambiental do empreendimento Freeport mas o facto de, dias antes de eleições, o Conselho de Ministros ter aprovado o DL que alterou os limites da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo. Depois dessa alteração, qualquer Ministro podia aprovar o projecto sem cometimento de qualquer ilícito criminal.

Os grandes já estão de fora. Agora vão a julgamento apenas estes dois. E na minha opinião devem ser punidos porque são lorpas. Eles eram intermediários do negócio entre Inglaterra e Portugal. Em vez de intermediarem directamente, deveriam tê-lo feito através do Primeiro-ministro. A esta hora as conversas já estavam reduzidas a cinza e eles estariam ilibados também. Não são uns pacóvios quaisquer. Eles têm conhecimentos nas “altas instâncias”, pelo que esse erro não tem perdão.

Ainda há quem acredite na justiça deste país!? Eu acredito tanto na justiça como nos políticos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ponte Europa

‘Num relatório de 2004, o Tribunal de Contas (TC) diz que "o valor da adjudicação da empreitada foi de 38,65 milhões de euros". E acrescentou que "o custo da solução rodoviária" cifrou-se em 111,3 milhões, fazendo contas a nós de acesso e a uma derrapagem de 288%.’

JN 2009-11-18

A Ponte da derrapagem lá está para por ela passarmos e os responsáveis pela derrapagem, passam por ela como qualquer um de nós.
Neste país que teima em dizer-se do primeiro mundo, a responsabilidade pelo gasto dos nossos dinheiros, morrerá sempre solteira. É que quando o Estado precisa de mais dinheiro, tem uma solução super simples. Vem buscá-lo aos nossos bolsos.

domingo, 25 de julho de 2010

Salazar

“A agência Bloomberg escreve hoje que o antigo ditador António de Oliveira Salazar poderia ser recordado como o melhor investidor que Portugal já teve, caso o banco central português autorizasse o país a beneficiar das suas reservas de ouro.
Em proporção com o tamanho da economia, Portugal armazena mais ouro que qualquer outro país na Europa, a maioria do qual acumulada durante os 36 anos da ditadura de Salazar com poupanças e o dinheiro das exportações portuguesas, incluindo volfrâmio (tungsténio) e da indústria conserveira.”


Afinal a “pesada herança” valeu a pena.

A Salazar tenho que estar grata por não ter usado o dinheiro dos meus impostos em proveito próprio nem ter permitido o mesmo aos que o rodeavam. O mesmo não posso dizer dos políticos de hoje.


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escolha fácil

Entre brincar às Constituições ou brincar aos Governos, prefiro que brinquem às Constituições. É que esta última brincadeira ainda é anteprojecto e as brincadeiras do Governo estão-nos a sair muito caras.
Que Nosso Senhor ilumine estas cabeças!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Estado do País

Calamitoso!

Sócrates resolveu fazer Mega-Agrupamentos de Escolas. Vai “despedir” umas dezenas de Directores. Bem sei que o aumento que os Directores das Escolas tiveram, foi escandalosamente grande. Maria de Lourdes Rodrigues precisou de os comprar para conseguir chegar a algumas escolas. Mas, o que o Estado encaixa é irrisório.


Se em vez de Mega-Agrupamentos de Escolas, o Governo fizesse Mega-Agrupamentos de Freguesias, de Deputados, de Comissões, de carros oficiais, de Governos Civis, de Empresas Públicas, de Comissários Políticos em tudo quanto é sítio, aí sim, aí encaixava o suficiente para nos deixar viver.

Mas com partidos políticos temos que sustentar esta chusma de parasitas. O que quer dizer que, se em democracia não temos solução e se sem partidos não há democracia, estamos tramados. Mesmo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pela imprensa

“Relação anulou crime de corrupção a Isaltino”. Possivelmente, como Domingos Névoa, não corrompeu as pessoas certas. Ou será que se provou que a cabeleireira, mulher do primo taxista, ganha mesmo milhões no salão?...

"Assis acusa Passos de criar uma espécie de ameaça de Verão". Se o que diz Francisco Assis fosse credível, estávamos todos fechados em casa com medo de Pedro Passos Coelho. O PS não sabe mesmo viver em democracia sem maioria absoluta.

“Metade dos alunos com negativa no exame de Matemática do 9º ano”. Se, no ano passado, a subida das notas “mostrou” o sucesso das reformas, o resultado deste ano “mostra” o falhanço das ditas.

“Dois terços do peixe consumido em Portugal é importado”. Isto num país que já foi de pescadores. O país da Europa com maior número de quilómetros de costa por quilómetro quadrado de terra.


A nossa passividade mostra que nós merecemos os Governos que temos. Os nossos antepassados é que não merecem que destruamos o que nos deixaram de herança.