sexta-feira, 23 de março de 2012

Os autarcas

Alguém de qualquer Governo nos perguntou se concordávamos ou não com a alteração da idade da reforma? Por acaso perguntaram a algum de nós se connsiderávamos que a reles freguesia da Senhora da Hora passase a ser cidade? E ouviram-nos para a implementação de qualquer outra qualquer outra medida das que têm afectado as nossas vidas? Claro que não. Os governantes decidem e mandam. Mas para a reforma da administração pública tudo se passa de forma diferente. É que aí estão os amigalhaços dos partidos. Há já uns aos publiquei a escandaleira que se passa em dois concelhos escolhidos arbitrariamente – Vizela e Alijó. O mesmo se passa em todos os outros e isto tem que ter um fim. São quarenta e tal mil autarcas que todos nós sustentamos, com todos os que para eles trabalham e as instalações e serviços necessários.

Mas esses autarcas não querem perder os tachos; deles e dos que eles lá colocaram. E a posição dos governantes perante estes senhores é de “pedir o favor de se prontificarem a acabar com esta pouca vergonha”... se quiserem... Quem tem cartão partidário tem sempre um tratamento preferencial. Revolta, indigna, enoja.

A greve e os piquetes

A greve do dia 22 foi, a meu ver, uma patetice. Nada mudou desde a última greve que justificasse mais esta. É pena que os nossos sindicatos ainda estejam no século passado. Já não deviam ser estas as formas de luta mas os “patrões” dos sindicalistas não conseguem evoluir. Não há volta a dar-lhes...

Mas há algo que sempre me intrigou nas greves – o papel dos piquetes de greve. Na minha modesta opinião, e discordando desse tipo de luta, uma greve seria marcada e cada cidadão aderia, ou não, usando da sua liberdade. Mas não. Os que fazem greve não querem que os outros não adiram a ela. E há que os impedir. Isto, para mim, é a pouca convicção na adesão à dita greve. Se precisam de angariar grevistas é porque voluntariamente não os teriam. Será isto democrático?

Mas adiante. Está tudo cheio de imagens e vídeos das confusões que tiveram lugar na última greve. Não tenho elementos para saber os motivos que levaram a polícia a agir. E não percebo por que é que os polícias têm que saber distinguir um(a) jornalista dum cidadão comum. Qualquer um pode dizer que é da imprensa, sendo ou não. Não culpo a polícia nem os manifestantes porque não tenho elementos para o fazer mas, pelos vistos, já quase toda a gente os tem.

E termino com duas pergunta. Se não houvesse dois jornalistas entre os feridos, haveria tanta notícia e indignação? A greve não serviu para defender os trabalhadores que mais regalias têm, que são os dos transportes públicos?