Fui professora durante 36 anos e conheci, e conheço, professores
competentes e incompetentes. Mas quero realçar que conheci professores excepcionais.
Professores cientificamente competentes, com uma relação óptima com os alunos,
sempre disponíveis a ajudar os alunos dentro e fora do seu horário. É com
orgulho que continuo a receber mensagens de ex-alunos que marquei
positivamente.
Foi com uma tristeza enorme que vi a triste figura que
fizeram os professores que invadiram o Rodrigues de Freitas. Um grupo de
professores, que não representam a classe, e que se portaram como uma turma de
catraios que eu não queria ter como alunos nem como professores dos meus netos.
Independentemente de se concordar ou não com a prova,
considero que esta não é uma maneira de professores se manifestarem tanto mais
que eles deviam ser um exemplo para os alunos.
Na minha concepção de democracia, os professores deviam ser
livres de optar livremente por realizar ou não a prova. Não me parece
democrático que professores impeçam professores de tomarem as suas opções
livremente.
Esta má imagem da classe docente que passa para o público
era perfeitamente evitável. Felizmente eu sei que estes professores são uma
minoria.