quinta-feira, 30 de abril de 2009

Menos uma dúvida

Este ano vou ter que ir votar três vezes. Ter que escolher, por três vezes, entre o mau e o péssimo, é dose. Já tenho dado comigo a pensar onde hei-de colocar as cruzinhas. É que votar eu vou. Só que não sei em quem.

Hoje, os partidos com assento parlamentar vieram dar-me uma ajudinha que eu agradeço. Retiraram-me uma dúvida. Com a votação que hoje teve lugar, nenhum deles terá o meu voto. Já eliminei o PS, o PSD, o CDS, o BE, o PCP e Os Verdes. Bem sei que além do "branco" ainda tenho muitos na lista. Mas, eliminar seis já ajuda.

E estiveram todos os partidos de acordo! Algo nunca visto. Terá sido milagre de S. Nuno Álvares Pereira?

Primeiro, em pré-campanha, os deputados vêm mostrar uma enorme preocupação com o combate à corrupção. Pura demagogia. Hoje votam um caldo óptimo para ela crescer e se reproduzir. E o Alberto Martins, ainda tem a cara de pau de vir dizer que o fizeram para resolver um problema ao PCP. Será que ele pensa que nós acreditamos? Desde quando o PS está preocupado com os adversários. Nem com o povo o elegeu e que ele (des)governa!

Odeio que me tratem como atrasada mental.

domingo, 26 de abril de 2009

Informações incorrectas na página da EDP

(clique na imagem para ler)
Soube que a EDP tinha criado um novo tarifário para a energia eléctrica. Consultei a página www.edp.pt. Lá está um PDF com a página que aqui mostro. Existe um novo tarifário tri-horário que pode ser diário ou semanal.
Analisei os meus consumos, analisei o documento da página da EDP, fiz as contas e achei que deveria alterar o meu tarifário actual para o tri-horário diário.
Como diz o documento, este tarifário aplica-se a todas as potências a partir de 3,45 kVA. Correcto? Então, se a potência contratada comigo é de 6,9 kVA, eu posso pedir alteração para este tarifário.

Telefonei a pedir essa alteração. Pasme-se. A informação que dão é que esse tarifário só se aplica a potências contratadas de 20,7 kVA. Argumentei com o que está no documento que a EDP fornece na sua página e que tem como título “Tarifários 2009”. Não adiantei nada. O cavalheiro que me atendeu disse que esse tarifário deverá ser alargado a outras potências mas, para já só se aplica à potência referida.
Considero lamentável esta postura da EDP. Para uma empresa credível, as informações fornecidas na sua página da internet têm que ser correctas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Não titulares a avaliar titulares

Os Directores das escolas ou foram já escolhidos ou estão a sê-lo nesta altura. O Decreto-Lei 75/2008 de 22 de Abril e a Portaria 604/2008 de 9 de Julho são os documentos que regem e regulamentam o procedimento concursal para a eleição dos Directores das escolas.
A Ministra da Educação, possivelmente numa noite de insónia, decidiu dar à luz a avaliação dos professores. Mas para essa avaliação precisava definir quais os professores que teriam funções de avaliação perante os seus pares. Assim, noutra noite de insónia, lembrou-se do primeiro concurso para professor titular. A partir daí tinha o cozinhado feito. Elegeu os professores titulares como os “competentes”.
Então, se o Director de uma escola ou agrupamento de escolas vai ter funções de avaliação de professores, aquilo que a lógica diria é que os candidatos teriam que ser titulares. Mas não. A lógica da Ministra é só dela e ninguém a entende. Nem ela possivelmente. Pois é. A legislação referida não deixa a menor dúvida. Um professor não titular, “menos competente” para a Ministra, pode ser Director de uma escola e vai avaliar os professores desse estabelecimento de ensino. E, para não variar na educação, temos mais uma contradição. Vamos ter não titulares a avaliar titulares.
É pena que os portugueses não se apercebam destas contradições. Mas se nem os deputados as conhecem…

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A pensão do Padre Melícias

“O padre Vítor Melícias, ex-alto comissário para Timor-Leste e ex-presidente do Montepio Geral, declarou ao Tribunal Constitucional, como membro do Conselho Económico e Social (CES), um rendimento anual de pensões de 104 301 euros. (…) o sacerdote, (…) tem uma pensão mensal de 7450 euros. (…)
(…)
Com 71 anos, Vítor Melícias declarou, em 2007, ao Tribunal Constitucional um rendimento total de 111 491 euros, dos quais 104 301 euros de pensões e 7190 euros de trabalho dependente. 'Eu tenho uma pensão aceitável mas não sou rico', diz o sacerdote.
Melícias frisa que exerceu funções com 'remuneração acima da média, que corresponde a uma responsabilidade acima de director-geral', no Montepio Geral, na Misericórdia de Lisboa, no Serviço Nacional de Bombeiros e noutros organismos.”
Sérgio Lemos


O Padre Melícias é que franciscano e eu é que levo vida de franciscana? Se a pensão dele é "aceitável", vou já à sopa dos pobres.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A crise e a escola

Ainda não há muito tempo que o Senhor Albino Almeida veio pedir que as escolas estivessem abertas desde o romper do dia até à hora do jantar. Começo por questionar a moralidade dos pedidos da Confap enquanto esta receber dinheiro do Ministério da Educação.
Os pais trabalham ambos e alguns precisam de se ver livres dos filhos o máximo tempo possível. Estes não reivindicam tempo para os filhos. Estes querem é alguém em quem delegar a responsabilidade de lhes educar e vigiar os filhos durante todo o dia. Faço minhas as palavras de Daniel Sampaio “A nível da família, constato muitas vezes uma diminuição do prazer dos adultos no convívio com as crianças: vejo pais exaustos, desejosos de que os filhos se deitem depressa, ou pelo menos com esperança de que as diversas amas electrónicas os mantenham em sossego durante muito tempo. Também aqui se impõe uma reflexão sobre o significado actual da vida em família: para mim, ensinado pela Psicologia e Psiquiatria de que é fundamental a vinculação de uma criança a um adulto seguro e disponível, não faz sentido aceitar que esse desígnio possa alguma vez ser bem substituído por uma instituição como a escola, por melhor que ela seja. Gostaria, pois, que os pais se unissem para reivindicar mais tempo junto dos filhos depois do seu nascimento, que fizessem pressão nas autarquias para a organização de uma rede eficiente de transportes escolares, ou que sensibilizassem o mundo empresarial para horários com a necessária rentabilidade, mas mais compatíveis com a educação dos filhos e com a vida em família.”


Há pais que não ensinam os filhos é ter uma postura correcta adequada às circunstâncias? Remete-se para a escola. Há pais que não ensinam os filhos a respeitá-los e a respeitar os outros? Remete-se para a escola. Há pais que não dão aos filhos educação sexual? Remete-se para a escola. Há pais que não ensinam noções de higiene aos filhos? Remete-se para a escola. Há pais que não ensinam os filhos a mínima noção de civismo? Remete-se para a escola. Tudo contribui para a desresponsabilização dos pais.
Pobres filhos cujos pais consideram que o seu papel termina no dia do parto!

Hoje veio a lume o caso de crianças que apresentam uma alimentação deficiente. Que fazer? Nada mais simples. Remete-se para a escola. A DGS contactou o Ministério da Educação para que as cantinas das escolas estejam abertas mais tempo, incluindo nas férias, a servir refeições equilibradas.
A crise já chegou ao estômago de muitos portugueses. A maioria teve que fazer cortes. Eu fiz os meus. Possivelmente há portugueses que não hierarquizaram os seus problemas e cortaram na alimentação mas não no telemóvel, no pequeno-almoço no café ou na marca das roupas. Mas muitos cortaram na alimentação quando já não podiam cortar em mais nada.
Isto no dia em que se soube que os 4 administradores da Galp ganharam, no ano passado, 4 milhões de euros e tantos, tantos ordenados escandalosos, que não fixei, quando no país se passa fome. É isto a democracia? É isto o socialismo? E é a escola que vai resolver este problema?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Por trás daquela janela...

... estão os deputados, o nosso primeiro e alguns governantes a fazer que fazem. Já tirei o som à televisão porque o tom sobranceiramente ditatorial do PM põe-me os nervos em franja.

Num país que pouco maior é que um quintal, justifica-se que haja 230 deputados? Um terço chegava e sobrava. Bastava que os deputados levassem o seu trabalho full time a sério.

"Não se paga aos deputados o suficiente para que sejam todos apenas profissionais. Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República". - julgo que são palavras de Almeida Santos.

O que paga aos deputados é isto.
Fiquei a saber que sexta-feira não é um dia normal de trabalho mas "é véspera de fim de semana". Se, para os deputados, é penoso trabalhar à sexta-feira, para os outros trabalhadores também o é. Mas trabalham que não têm outro remédio.
É esta a noção de democracia que têm os políticos.

Razão tinha o meu Pai que dizia que só acreditava em democracia quando lhe provassem que, num cesto com 10 laranjas, dez podres e uma boa, as dez podres valem mais que boa.

terça-feira, 7 de abril de 2009

A palavra de deputado faz fé

E a dos seus concidadãos?

sábado, 4 de abril de 2009

Adivinha

Pinto da Costa foi absolvido no "caso do envelope". Mas alguém esperava o contrário?
O que eu faria com o dinheiro que se gastou!...
Será que Isaltino Morais também vai ser absolvido? Quem adivinha?
Eu sei mas não digo...