Há dias chegou-me, por mail, um projecto de Despacho do Ministério da Educação para a contratação de professores voluntários para as escolas. Pensei tratar-se de brincadeira e pedi mais esclarecimento a quem me enviou essa notícia. Hoje deparo-me com a notícia www.educare.pt.
“Professores reformados para trabalho voluntário nas escolas
O Ministério da Educação pretende recrutar professores reformados para, em regime de voluntariado, colaborarem no apoio aos alunos nas salas de estudo, em projectos escolares ou no funcionamento das bibliotecas.
Segundo um projecto de despacho do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, a que a Lusa teve acesso, as escolas definem no início de cada ano lectivo as suas necessidades, estabelecendo o perfil dos candidatos a recrutar e elaboram um programa de voluntariado.O programa tem a duração de um ano lectivo, sendo renovável por iguais períodos de tempo. O trabalho do professor voluntário implica um mínimo de três horas por semana. (…)”
Para ler tudo clique aqui.
Se esta atitude fosse tomada por um Ministro que tudo tivesse feito pela educação, que tivesse valorizado o trabalho que os professores fazem, e nas condições em que têm de o fazer, eu até poderia concordar.
Mas com esta equipa ministerial, é impensável. Esta atitude do Ministério, nesta altura, é absolutamente inqualificável. Trata os professores por professorzecos, chama-lhes madraços, implementa um concurso para professor titular que envergonha qualquer pessoa de bom senso, enche-lhes os dias com burocracias que nada interessam, atira-lhes para cima toneladas de legislação, impõe-lhes uma avaliação na qual a competência está ausente e tantos, tantos maus tratos. Quatro anos de inferno que levaram milhares de docentes a pedir a aposentação antecipada, a maior parte deles com penalização. E agora quer que eles vão, “de borla”, trabalhar para as escolas?
Só faltava realmente chamar-nos burros. Já não falta mesmo nada.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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2 comentários:
Cara colega reformada
Pelos vistos tocamos a música ao mesmo compasso e com o mesmo texto.Isto realmente é um governo de doentes. Já não chegavam os casos psiquiátricos de quem tem falhas de memória, alucinações e manias de perseguição como agora temos os surdos arrogantes a ficarem cegos mas a tentarem convencer-nos de que ceguinhos somos nós.
Um abraço
Gaivota Maria
A mulher não está boa da cabeça. Passou-se de vez.
Será campanha eleitoral? Será que esta atitude cai bem no povo estupidificado? Andar à procura de mão de obra barata?
Isto para mim é um mistério. É demasiado ficcionado para ser real.
Um beijo (ainda não fiz a acta...)
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