domingo, 17 de junho de 2012

À portuguesa

Na passada quarta-feira tive que ir ao Hospital Pedro Hispano para um exame marcado. Na entrada para as consultas, acumulavam-se centenas e centenas de pessoas. Fui à máquina, introduzi o cartão para registar a minha presença e não pude pagar a taxa moderadora. Não havia trocos... Estava pois obrigada a pagá-la depois do exame.

A espera do costume. A chamada para o exame. Depois vem a parte ainda pior. Tirar a senha para a saída. De repente o "sistema" falhou. As meninas começaram a berrar alto os números para irem aviando o pessoal. Tinha que esperar para entregar um papel e pagar a taxa. Quando finalmente chegou a minha vez, entreguei o papel e... surpresa. Quando o sistema falha não se podem pagar taxas moderadoras. Trouxe um papel para, no prazo de 10 dias, ir lá pagá-la. Apeteceu-me pegar fogo aquilo tudo.

Primeiro acho incrível que um doente não possa vir-se embora depois de uma consulta ou exame tem ter que passar aquele martírio. Os doentes não deviam ser portadores de qualquer documento para as meninas da entrada. Estes deveriam ser enviados pelos serviços às meninas, se é que elas precisam deles, no final do dia. A ideia que dá é que os doentes são obrigados a esta via sacra para justificar o emprego das pequenas que ali estão.

Segundo é inacreditável que não se possa pagar uma taxa moderadora quando o "sistema" falha. Tem que haver um plano alternativo ao dito "sistema". Qual? Que o escolha quem para tal é pago. Ser eu a pagar a falha do "sistema" é que é tremendamente injusto. Agora vou ter que me deslocar novamente ao hospital, tirar novamente uma senha e esperar horas para pagar a taxa que queria ter pago e não me deixaram.

Será que é o serviço de saúde que está mal ou será que a burocracia (mais burrocracia que burocracia) é que está a dar cabo do serviço de saúde?

Sem comentários: