sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Nada me espanta mas continua a indignar-me

Embora nada do que vem da classe política me espante, ultimamente tem havido factos que me deixam cheia de interrogações.
O PS e o PSD não se sentam à mesma mesa para debater e acordar sobre a vida dos portugueses comuns, que eles – hipocritamente - dizem representar, mas sentaram-se à mesma mesa e chegaram a um acordo sobre aquilo que lhes diz exclusiva e directamente respeito – as inaceitáveis subvenções vitalícias. O facto de terem retirado a proposta não retira a gravidade do problema e só mostra que eles tinham aprovado algo que achavam uma vergonha descarada. São farinha do mesmo saco...
Mas se esta vergonha das pensões vitalícias estava no Orçamento de Estado, por que razão os partidos mais à esquerda, os jornalistas, os comentadores, os opinion makers,… nunca levantaram esta questão? 
António Costa já disse “não ter nada a ver com isso”. Devia, então, lamentar que o PS tivesse decidido aprovar a suspensão das ditas subvenção sem lhe dar cavaco? O CDS já se manifestou alheio ao problema. O PSD tentou desculpar-se dizendo que não era a altura oportuna. O BE, sem nunca se ter manifestado contra as injustificadas pensões vitalícias, teve a esperteza de sair por cima mas aguarda que a “suspensão” acabe. Saem todos mal, como de costume.
Relativamente aos vistos gold, até haver corrupção, ninguém colocou entraves ao programa. Agora propõem que o programa acabe. Não conheço bem o programa mas sei que o facto de ter havido corrupção, nada tem a ver com o programa. Também houve corrupção, e da grande, na Parque Escolar e ninguém propôs que se acabasse com as obras nos edifícios escolares.

Neste país a corrupção aparece sempre que estejam em causa dinheiro e poder. Infelizmente. Sempre. 

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