terça-feira, 11 de agosto de 2009

Confiança em quem?

O, ainda, nosso primeiro utilizou o JN para fazer propaganda eleitoral.
“… se o PS apresenta um programa, a direita esconde o seu.” Não sei o que é pior. Se não dizer nada, se propagandear e não cumprir.
Quanta aldrabice! Quanta demagogia!
Se há PM que não pode falar do espírito do salazarismo é José Sócrates. Vivi vinte e tal anos antes do 25 de Abril de Abril. Sabíamos com o que contávamos. Com este Governo vivemos uma ditadura encapotada. Uma coisa é certa. Aos políticos do tempo da chamada ditadura eu agradeço o não terem utilizado o dinheiro dos meus impostos em proveito próprio. Tal não posso dizer aos políticos de hoje.

Que dizer de um Governo que colocou na prateleira dois técnicos de uma Comissão de Coordenação que “tiveram a ousadia” de dar um parecer desfavorável a um troço do TGV? Um deles, em final de carreira, pediu a reforma antecipada com penalização.
Que dizer de um Governo que, em tempo de crise, e tendo criado duas categorias de professores por razões economicistas, compra os Conselhos Executivos das Escolas duplicando as suas gratificações para que a sua mensagem pudesse chegar aos professores?
Que dizer de um Governo que reduz o abandono e o insucesso escolar obrigando a transitar de ano os alunos dos Cursos de Educação e Formação e dos Cursos Profissionais?
Que dizer de um Governo que fez de ignorantes sábios em Matemática pondo-lhes à frente provas de uma facilidade extrema?
Que dizer de um Governo que trabalhou quatro anos para as estatísticas a qualquer preço?

“Confiança, nunca desistir da confiança.” – diz o PM. Mas confiança em quem? Nos políticos que nestes 35 anos pouco mais fizeram que destruir a “pesada herança”? Nos políticos que por aí pululam e que se esgadanham por um tacho qualquer? Nos homens e mulheres sem valor e sem valores que são a grande maioria dos políticos do meu país? Nos políticos que cometem as maiores barbaridades e que nunca são responsabilizados? Nos políticos que se servem do país em vez de servirem o país? Nos deputados, quantos deles advogados, que nem legislar sabem? Nos políticos que enriquecem à custa dos dinheiros públicos?
Nesta Europa que serviu para arranjar milhares de tachos e onde se pagam ordenados escandalosos? Nesta Europa que faz de conta que é útil?

Não, Senhor Primeiro-ministro. Não confio nos políticos de nenhum partido. Como escreveu, há anos um Senhor de Espinho, eu “exerço sempre o meu dever cívico de votar e finjo acreditar que isso mudará algo”.

2 comentários:

Gaivota Maria disse...

Concordo da 1ª à última Linha

GP disse...

Gaivota
Já calculava que "me apoiasses" e se mais linhas eu escrevesse, com mais linhas concordavas.
Eu nasci no tempo errado ou no país errado...

beijinho