quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O deputado

No início dos anos 80 dei aulas em Famalicão. A escola funcionava em dois edifícios. No antigo Hospital e na antiga Cadeia, ambos desocupados por não terem condições para funcionar como tal. Quando um edifício não servia para mais nada, servia sempre para uma escola.

Vem isto a propósito do deputado brasileiro, com um programa na televisão, que encomendava homicídios para aumentar a audiência do seu programa. Este homem pertenceu à polícia que o expulsou. Se não serve para a polícia, serve para a política.

A política, por cá, vai pelo mesmo caminho. Quem são singra noutra profissão, vai para a política. E também os fins justificam os meios. Ainda não chegámos à fase de encomendar assassinatos físicos porque profissionais já estão em vigor.

Podíamos vender este jardim à beira mar plantado a um povo de gente honesta e trabalhadora. Não haverá nenhum? Claro que o valor da compra servia para pagar a dívida pública, ou parte dela, dependendo do que oferecessem por este rectângulo.

2 comentários:

Amadeu Faria disse...

Ninguém vai oferecer nada. Como diz Medina Carreira "uns já lá estão, outros vão para lá"

Um abraço
Amadeu

GP disse...

Amadeu Faria
Um povo com vistas largas veria que este país tem mar em metade da sua fronteira, que tem sol 300 dias por ano, que tem vento, que tem marés e água para poder ser auto-suficiente em termos energéticos. Veria que este país tem solo bom para produzir a sua alimentação. Veria que o turismo está a anos-luz de ser explorado. Potencialidades não faltam. Faltam políticos honestos e com visão.
Eu acho que isto vale une euritos.

Um abraço