D Januário Torgal
Ferreira, “que se
manifestou chocado com declarações de Passos Coelho sobre a paciência dos portugueses
face à crise e chegou mesmo a afirmar que parecia que estava a ouvir um
discurso de uma certa pessoa há 50 anos", falou à TSF, sobre a resignação
do Papa e, referiu alguns itens que ele consideraria se votasse nomeadamente a
idade e o ser fora da Europa. Depois disse “ Era muito importante ter
sensibilidade social, jeito humano de tratar, de proximidade, de experiência
dos problemas. O Papa não é um rei nem é um príncipe. O Papa não é um fidalgo.
O Papa é o filho de um carpinteiro de Nazaré, quer queiram quer não.”
E
continuou “Às vezes o parecer tem muita influência sobre o ser, de quem
contempla o Vaticano. Há uma imagem de grandeza, de vaidade, de fidalguia que
tinha que desaparecer. Em títulos em brasões de armas, em indumentárias. Tudo isso
deveria ser perfeitamente suavizado.”
Concordo
com tudo isto mas há muita gente que não tem moral para o dizer e uma delas é o
D. Januário.
“O
bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, que anteontem teceu
duras críticas ao primeiro-ministro, tem uma pensão mensal de 3687 euros, a que
se somam 737 euros do suplemento da condição militar. Por mês, o clérigo aufere
4424 euros, mais de nove salários mínimos e mais do que um deputado (cerca de
4200 euros), além de outras regalias, como gabinete de apoio, carro com
motorista e telemóvel, apurou o CM. Mas, diz, trabalha ‘de graça há quatro anos’.”
Com
esta reforma que experiência dos problemas tem o D. Januário? Com esta reforma a
sensibilidade social é para praticar e não para falar.
Com
esta reforma os portugueses até se podiam dar ao luxo de se rir da crise.